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Bem-estar e Saúde / Saiba mais!

Médica alerta sobre diagnóstico de Ana Maria Braga: 'Só abandona após susto'

Especialista analisa o caso da apresentadora Ana Maria Braga e cita sinais de alerta para se buscar ajuda; confira

Dra. Maria Cecília Maiorano e Gabriela Cunha
por Dra. Maria Cecília Maiorano e Gabriela Cunha

Publicado em 25/04/2025, às 17h45

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Ana Maria Braga revela arrependimento após doença - Reprodução/Instagram
Ana Maria Braga revela arrependimento após doença - Reprodução/Instagram

A apresentadora Ana Maria Braga, de 76 anos, já enfrentou sérios desafios na saúde e um dos momentos mais marcantes foi o diagnóstico de câncer no pulmão em 2015. Em entrevistas anteriores, ela chegou a admitir: se pudesse voltar atrás, nunca teria fumado. A decisão de largar o cigarro só veio após a descoberta da doença, que hoje está em remissão total. Mas será que essa atitude tardia ainda faz diferença? O organismo consegue reagir?

A CARAS Brasil conversou com a pneumologista Maria Cecília Maiorano, que fez uma avaliação sobre o impacto do tabagismo e os possíveis caminhos de recuperação pulmonar, mesmo após anos de exposição ao cigarro.

O que acontece com o pulmão depois que alguém larga o cigarro?

Segundo a especialista, abandonar o hábito, em qualquer fase da vida, já representa uma vitória para a saúde: "Parar de fumar é sempre uma vitória para a saúde. Mesmo que o pulmão não volte a ser exatamente como era antes, ele começa a se recuperar assim que o cigarro é deixado de lado."

Ela continua: "A inflamação diminui, a respiração melhora e o risco de doenças como enfisema e câncer vai caindo com o tempo. Em alguns casos, os danos podem ser parcialmente reversíveis, especialmente se o abandono do cigarro acontece antes de lesões mais graves."

Existe uma relação direta entre o tempo de fumo e o câncer de pulmão?

A resposta é sim e o risco não depende apenas de quantos anos a pessoa fumou, mas da quantidade de cigarros consumidos. "Existe uma relação direta e muito forte. Quanto mais tempo a pessoa fuma e quanto mais cigarros consome por dia, maior é o risco de desenvolver câncer de pulmão."

"O risco não é só pelo número de anos, mas também pela quantidade fumada. Por isso, quem fuma muito por muito tempo está em um grupo de risco mais alto. Mas é importante lembrar que não existe 'dose segura': mesmo quem fuma pouco ou por pouco tempo já aumenta o risco, e quanto antes parar, melhor", analisa a especialista.

Por que tantos só largam o vício após um diagnóstico grave?

Casos como o de Ana Maria Braga são mais comuns do que se imagina. Muitos pacientes só se desligam do cigarro quando enfrentam um susto real.

"Muitos pacientes só conseguem abandonar o cigarro depois de um susto, como o diagnóstico de uma doença grave. Isso mostra como a dependência é alta e como é difícil parar sem apoio", diz ela.

Do ponto de vista da pneumologista, existem certos sinais que não devem ser ignorados. Entre eles estão: "Os sinais de alerta que devem acender a luz vermelha incluem tosse persistente, falta de ar, dor no peito, chiado no peito, rouquidão sem causa aparente e escarro com sangue."

Ela finaliza alertando: "Também é importante ficar atento a nódulos detectados em exames e à perda de peso inexplicada. O ideal é não esperar os sintomas aparecerem: quem tem histórico de tabagismo deve conversar com seu médico sobre exames preventivos, como a tomografia de baixa dose, que pode ajudar a detectar o câncer de pulmão ainda no início."

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