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Bem-estar e Saúde / Tratamento

Entenda como é a cirurgia de amputação do reto, que foi feita por Preta Gil

Preta Gil revelou que precisou amputar o reto em seu tratamento contra o câncer. Saiba mais sobre o procedimento e também sobre o retorno de tumores

por Priscilla Comoti
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Publicado em 09/09/2024, às 16h09

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Preta Gil - Foto: Reprodução / Instagram
Preta Gil - Foto: Reprodução / Instagram

A cantora Preta Gil está novamente em tratamento contra o câncer. Ela descobriu quatro novos tumores em seu corpo depois de ter feito um tratamento contra o tumor colorretal. Agora, ela contou que também amputou o reto em uma cirurgia feita enquanto lutava contra o primeiro tumor.

A revelação da amputação do reto foi feita em uma entrevista ao Fantástico, da Globo. Com isso, o assunto repercutiu na internet com dúvidas dos brasileiros sobre o procedimento. De acordo com o Dr. Vital Fernandes Araújo, a amputação do reto é uma alternativa para o paciente com câncer colorretal.

"Geralmente busca-se remover o tumor com uma margem de segurança ao redor, mas quando o tumor no reto está muito próximo do ânus e não permite essa margem sem afetar a musculatura, outras medidas são necessárias. A primeira é o tratamento com quimioterapia e radioterapia, para reduzir o tumor, preservando a região e permitindo que o intestino saudável seja conectado ao ânus, mantendo o controle da evacuação. Quando nada disso pode ser realizado ou não traz bons resultados é indicada a amputação", afirmou ele. 

Desse modo, a cirurgia é feita para melhorar a recuperação do paciente. "A amputação do reto é indicada quando o tratamento com quimioterapia e radioterapia não reduz completamente o tumor e ele está muito próximo ao ânus, impedindo a remoção com margem de segurança. Nessa cirurgia, o reto, parte do intestino grosso, linfonodos e músculos relacionados à continência são retirados, e o intestino grosso é exteriorizado através da parede abdominal, criando uma colostomia. O paciente passa a evacuar por uma bolsa de colostomia e recebe orientações sobre cuidados e ajustes alimentares para regular a evacuação", informou. 

O retorno do tumor em novos focos no corpo

Além da amputação do reto, a cantora Preta Gil também contou que foi diagnosticada com quatro novos tumores, que estão localizados nos linfonodos, no peritônio e no ureter. Ela estava em período de remissão, mas teve a recidiva do câncer.

De acordo com o Dr. Rodrigo Barbosa, cirurgião do aparelho digestivo, a recidiva do câncer é algo comum entre os pacientes oncológicos. “A recidiva pode acontecer devido a células cancerígenas que não foram completamente eliminadas durante o tratamento inicial, ou devido ao surgimento de novas células cancerígenas que se desenvolveram a partir de mutações genéticas", informou. 

Inclusive, ele explicou que a metástase acontece quando as células cancerígenas se espalham para outras partes do corpo. "Isso pode ocorrer através da corrente sanguínea, do sistema linfático ou por invasão direta de tecidos próximos. A metástase é uma das principais razões pelas quais o câncer se torna mais difícil de tratar e pode levar a um prognóstico mais grave", afirmou ele, e completou sobre o tratamento: "O tratamento para a recidiva do câncer pode envolver uma combinação de cirurgia, radioterapia e terapias-alvo, dependendo do tipo e estágio do câncer, por isso, ele diz que é importante ressaltar a importância do acompanhamento médico regular após o tratamento do câncer, para que assim possa detectar precocemente qualquer sinal de recidiva".