Para Cleo seu primeiro papel na TV, em 'América' (2005), reforçou sua imagem sexualizada
Publicado em 20/08/2023, às 10h12
Cleo usou suas redes sociais para desabafar sobre a pressão estética causada pela fama, já que atua desde os 18 anos. A artista que atualmente está com 40 anos, reforçou que ama o trabalho e admitiu que ser vista como sex symbol faz bem para o ego, mas prejudica sua saúde mental. O vídeo foi publicado no Instagram, neste sábado, 19.
"Eu sei que para o público geral, tudo parece flores. Você está na TV, e as pessoas veem os famosos com olhar de adoração. Então, isso é bom para o ego de uma certa forma, mas a pressão para ser perfeita, manter a aparência certa, jovem, atraente... isso é real, e pode acabar com a nossa saúde mental", refletiu.
Ela relembrou sua trajetória artística, com o primeiro trabalho no filme Benjamin (2003) e, logo depois, na novela América (2005), como Lurdinha. O trabalho na trama de Glória Perez a tornou ainda mais famosa.
"Era uma personagem maravilhosa, mas que carregava uma carga sexualizada grande. Então, não tem como não dizer que ela não solidificou a forma com que as pessoas passaram a me enxergar. Até então, eu estava tranquila com isso, porque é divertido ser vista desse jeito também, mas não só desse jeito. Quando eu percebi o que isso significava para a minha imagem e para mim, já era tarde demais", lamentou.
Ela diz que sentiu o mercado audiovisual confuso sobre em que papel encaixá-la nos últimos anos: "Eu percebi que depois dos 35, 37, os diretores e as produções já não sabiam mais o que fazer comigo. O mercado do audiovisual funciona muito como um mercado normal, onde as produções são os produtos dispostos nas prateleiras, e é como se eles não soubessem mais em que prateleira me colocar depois dos meus 35 anos", comparou.
A artista diz que precisou criar suas próprias oportunidades na carreira para abrir mão da imagem atrelada diretamente à estética. Para isso, ela passou a produzir seus próprios trabalhos.
"Se eu realmente quisesse continuar atuando em papéis que me desafiassem e fossem relevantes para mim, eu teria que correr atrás de outras formas. E foi o que eu fiz. Passei a fazer disso um objetivo, produzir audiovisual pensando em gerar oportunidade para mim, óbvio, claro, mas também para outras mulheres que estão sendo postas de lado nas prateleiras tão cedo", concluiu.
Ver essa foto no Instagram