Em nova declaração sobre a morte da neta Isabella Nardoni, Dona Rosa surpreende ao revelar o que ouviu durante o julgamento sobre o caso
A morte da menina Isabella Nardoni completou 16 anos e a avó dela, Dona Rosa, relembrou uma frase que ouviu no julgamento de Anna Jatobá e Alexandre Nardoni. Em participação no podcast Dando Voz Cast, ela contou quais foram as palavras que ouviu do pai de Anna Jatobá.
Dona Rosa, que é mãe de Ana Carolina Oliveira, contou que pediu para o pai de Anna Jatobá fazer a filha confessar que cometeu o crime. "O pai da Anna Jatobá falou aqui no meu ouvidinho que foram eles [Anna Jatobá e Alexandre Nardoni]. Eu indo no toilette, encontro com ele [pai de Anna Carolina Jatobá] no corredor. Ele vindo… No julgamento. Eu falei pra ele: ‘Sr. Jatobá manda ela confessar’. Ele voltou e falou: ‘Nós já falamos, dona Rosa, mas eles não deixam'", disse ela.
Na época, Isabella Nardoni morreu ao ser jogada da janela do apartamento onde vivia com o pai e a madrasta. Jatobá foi condenada a 26 anos de prisão por esganar a criança, enquanto Alexandre foi sentenciado a 31 anos pelo assassinato.
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Em maio de 2024, Alexandre Nardoni deixou a prisão e deve retornar para casa ao lado de sua esposa, Anna Jatobá. Após a notícia da liberdade, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, fez um desabafo sobre a saudade da filha e a sensação de impunidade dos responsáveis, que foram condenados em 2008 e agora respondem em regime semiaberto.
Em entrevista ao jornalista Ulisses Campbell ao blog ‘True Crime’, Ana Carolina desabafou sobre a decisão da Justiça de São Paulo: "Fico com a impressão de que o crime compensa em nosso país, pois as leis são muito brandas, há muitas brechas para redução de pena e liberdade antecipada”, ela reprovou a liberdade dos assassinos da filha.
Na sequência, Ana relembrou a crueldade do caso e lamentou a saudade eterna da herdeira: “Não entra na minha cabeça um criminoso que matou a própria filha, foi condenado a 30 anos e saiu da cadeia tendo cumprido pouco mais da metade. Enquanto isso, eu fico presa num sentimento de saudade da minha filha”, disse a bancária.
Mesmo devastada com a decisão, Ana informou que não deixará em pune: “Vou continuar lutando para acabar com as ditas, com essas progressões de pena que só trazem dor aos familiares das vítimas, como acontece comigo (...) Na verdade, queria saber por que ele saiu da cadeia sem fazer o Teste de Rorschach”, ela questionou.