Em entrevista à CARAS Brasil, Angélica relembrou como sistema machista foi responsável por incentivar rivalidade com Xuxa para vender produtos
Depois de mais de 20 anos tendo que aguentar comentários a respeito da suposta rivalidade com Xuxa (61), a apresentadora Angélica (50) tem comemorado que o assunto foi superado por parte do público. Em entrevista à CARAS Brasil, a famosa abriu o coração e afirmou que as principais polêmicas eram incentivadas e criadas pela mídia, que lucrava com as especulações.
"Existia um ganho das marcas, existia um ganho da mídia, existia um ganho dos empresários. Porque quando você coloca uma coisa de Fla - Flu, de rivalidade, você forma dois times. E quando você forma dois times, começa a criar assuntos, começa a vender. Então, as pessoas gostavam de formar dois lados", afirma ela em conversa com Fabrício Pellegrino, ao relembrar capas antigas da CARAS.
"Por mais que a gente quisesse desmentir isso ou falar sobre esse assunto, a gente não conseguia, porque existia uma força muito grande de botar fogo no parquinho para vender. Então a gente servia um pouco de marionete de um sistema que funcionava. O público queria e alimentava também. Os fãs gostavam de ter essa coisa", completa.
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Angélica segue comentando sobre como foi difícil superar as polêmicas criadas pela mídia e avalia que tudo se tratava de uma atitude machista das pessoas, por tratarem mulheres como entretenimento. "O que a gente fala hoje é justamente o oposto, né? É mulher enaltecendo a mulher, incentivando a mulher. Estamos jogando umas as outras pra cima. Fazemos exatamente o contrário de antigamente", diz.
A loira conta que atualmente não só apenas ela e Xuxa, mas também Eliana, buscam mostrar sua união como forma de incentivar outras mulheres a quebrar os preconceitos que acabaram construindo ao longo da vida. Para ela, as pessoas têm medo de ver mulheres empoderadas e unidas contra o sistema.
"A gente era levado por um sistema que ganhava por isso, um sistema patriarcal que queria mais colocar as mulheres umas contra as outras mesmo, porque a gente junto é muito mais forte do que a gente separado. E isso não é interessante, para o mundo que a gente vive colocar mulher junto com mulher", reflete.