Em festa de comemoração pelos 30 anos no Brasil, o chef Erick Jacquin relembrou chegada ao país e compartilhou opinião sobre doces brasileiros
Publicado em 19/09/2024, às 18h11
Na última quarta-feira, 18, Erick Jacquin (59) comemorou seus 30 anos de Brasil com uma festa recheada de amigos, como o humorista francês Paul Cabannes, a cantora Fafá de Belém, o vice-presidente do Corinthians, time do coração do chef, e alguns ex-participantes do MasterChef, programa no qual Jacquin é jurado há 10 anos. Além de aproveitar a comemoração, ele surpreendeu ao revelar sua sobremesa brasileira favorita.
No evento, o francês — que é naturalizado brasileiro — relembrou sua chegada no Brasil em 1995 e brincou que prometeram que ele "seria rico, mas não avisaram que não era de dinheiro". O chef veio para o Brasil a convite de Vincenzo Ondei (1929-2020), pioneiro da culinária francesa no país e fundador do extinto restaurante Le Coq Hardy, em São Paulo.
"Mas eu sou rico, porque o Brasil me deu uma riqueza tão grande, tão grande, que mostra que o dinheiro não enriquece. O Brasil me deu uma felicidade gigante, e com certeza não tem outro país do mundo que se parece com o Brasil", declarou Jacquin aos colegas.
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Com tantos anos de Brasil, Jacquin aprendeu a gostar de muitas coisas da cultura brasileira, como um bom churrasco, cachaça, moqueca e até o clássico arroz com feijão. No campo das sobremesas, porém, ele elege como seu "doce brasileiro preferido" um prato inusitado: o petit gâteau, que, na verdade, tem origem francesa e foi popularizado no Brasil graças ao próprio Erick Jacquin.
Na França, o doce é conhecido como fondant au chocolat. O nome petit gâteau veio da ideia de ser um bolo pequeno: "Há 30 anos, eu apenas mudei o nome. Todo mundo falava que era um bolo pequeno, então só o rebatizei com o nome de petit gâteau, que significa 'pequeno bolo' em francês", revelou em entrevista ao Paladar.
Apesar de não ter sido inventado por um brasileiro, o petit gâteau conquistou o país e o jurado do MasterChef já considera o doce, que tem o mesmo tempo de Brasil que ele, como um bolinho brasileiro. O brigadeiro, número um na boca do povo na hora de falar em sobremesa favorita, passa bem longe dos queridinhos de Jacquin. "Brigadeiro não, brigadeiro é um veneno!", afirmou.
Em outro momento, o chef aproveitou para demonstrar carinho ao país que o recebeu: "Existe o Brasil e o resto do planeta, porque vocês são gente diferente. Vocês são gente aconchegante, gente que ama os outros, que ama abraçar... Por isso, eu decidi e me naturalizei brasileiro. Já faz tempo que sou brasileiro", afirmou, completando com um "também virei corintiano" que lhe rendeu um abraço do representante do time e uma camisa oficial autografada pelos jogadores.