Multifacetada, ela conta em Valle Nevado que deixará o Brasil
Atriz, apresentadora, diretora, mãe e ativista social. São muitos os papéis desempenhados por Danni Suzuki (39), que também é formada em Desenho Industrial e em balé clássico. E não para por aí. Mãe do pequeno Kauai (6), do casamento com o empresário Fábio Novaes (34), desfeito em 2013, ela lançará seu canal no YouTube, segue firme no projeto social em prol de crianças refugiadas e está rodando a série política Baile de Máscaras. Em breve, Danni dará um passo importante: ela irá deixar o Brasil. O destino escolhido é Los Angeles, onde tentará carreira internacional. “Fiquei 19 anos na Globo e conquistei tudo o que poderia no Brasil. Agora é hora de encarar esse desafio”, comenta durante temporada CARAS/ Neve 2017, em Valle Nevado, no Chile. Ela viajou com o namorado, o também ator Fernando Roncato (29), com quem está há quatro meses e meio. “Está incrível. Não estava procurando um amor e aconteceu”, diz.
– Como decidiu morar fora?
– Ano passado, quando saí da Globo, fiquei três meses em Los Angeles para entender como funciona o mercado lá, que é muito aberto para outras etnias. O Brasil está muito perigoso, não consigo mais andar de bicicleta na orla e nem passear com os cachorros. Para mim, será um desafio em termos de trabalho, mas vou manter os jobs aqui. Nossa casa é dentro da gente e, onde quer que eu faça a base, poderei ficar indo e voltando. Vou continuar desenvolvendo outros trabalhos no Brasil e estou com uma proposta para dirigir uma série com uma produtora de Los Angeles. Só estou aguardando o green card. São três fases e estou na segunda. O pai do Kauai vai também, somos muito amigos. Queremos que o nosso filho cresça em ambiente de amor.
– Que tipo de mãe é você?
– Sou cuidadosa, mas educo o meu filho para o mundo e o deixo ser independente. Não dou mais presente, ele tem de conquistar. Kauai adora a natureza, esportes e me acompanha em muitas causas sociais.
– E o Fernando, como surgiu na sua vida?
– Pois é, foi paixão à primeira vista. Não estava procurando um amor e ele bateu na porta de casa literalmente. Fê trabalha com alimentação orgânica e foi entregar lá em casa. Uma semana depois, começamos a namorar. A gente é muito parecido, gosta dos mesmos esportes, de ficar no mato plantando, curtimos horta. Ele tem disposição para tudo, é muito educado e gosta de que todos ao redor estejam bem. Estou achando incrível. É 10 anos mais novo do que eu, mas é muito maduro, foi morar sozinho com 13 anos e já viveu em 14 países. Kauai se dá bem com ele e o vê como mais um amigo meu. Para ter um relacionamento, nós entendemos que cada um tem de ter o seu espaço. Fernando não é a minha metade, pois sou inteira e, mais do que me completar, quero uma pessoa que caminhe ao meu lado.
– Como surgiu esse desejo de ajudar as crianças refugiadas?
– Faço trabalho social há 20 anos. Sou embaixadora de uma ONG americana no Brasil. No final do ano passado, comecei a pesquisar o que o Brasil estava fazendo em relação aos refugiados, já que as fronteiras do mundo estavam se fechando. Percebi que o Brasil reassentava algumas famílias e fui me envolvendo com o projeto. Aí juntei um grupo de quase 150 atores que passaram a apoiar a causa também. Viajei para o Líbano e a Turquia e fui para a fronteira com a Síria para conhecer o que as outras organizações no mundo têm feito. Nessas viagens, comecei a filmar para fazer um documentário, que se chamará SOS. Me envolvi 24 horas nisso, parei tudo o que estava fazendo em prol desse projeto.
– Pensa em ter mais filhos?
– Quero sim, mas não agora. Seria importante o Kauai ter um parceiro para quando eu estiver velhinha.