Promoters abrem dúplex onde Robert Redford já se hospedou e falam da paixão no ofício
Na cobertura dúplex de 550m², em Ipanema, Rio, do casal Liège Monteiro (55) e Luiz Fernando Coutinho (33), além dos mais de 15 budas e bandeiras da escola de samba Grande Rio, chamam a atenção objetos que recontam a badalada trajetória dos anfitriões. Logo na entrada do apartamento, que já hospedou o ator Robert Redford (80), há um sofá preto usado em show e Marina Lima (61) e feito por Gualter Pupo (48), quadros de Daniel Senise (61) e storyboards dos filmes Ibéria e Goya em Bordéus, do espanhol Carlos Saura (85). Dedicatórias emolduradas de Pelé (76) e Fidel Castro (1926– 2016) ficam expostas no escritório. “Nunca fui deslumbrada. Todos são amigos que admiro. Só ao conhecer Fidel foi diferente. Ali, falava com a história”, diz Liège, que, antes de se tornar, desde 1990, das mais requisitadas promoters do Rio, trabalhou com cinema. Há 10 anos, se associou ao marido, jornalista. Hoje, são donos de agenda com 18000 nomes brasileiros e estrangeiros. Além de RP, fazem assessoria de imprensa, produção e agenciam as carreiras de Vera Fischer (65) e Christiane Torloni (60). “O mercado é segmentado. Eu e Liège, não. Fazemos evento em SP, Rio, Miami, juvenil, infantil, samba até black-tie em Mô naco, com o príncipe Albert, a família Safra, Christian Louboutin e Julian Lennon”, conta Luiz. So bre a profissão, Liège explica a com plexidade. “Virou lugar comum. Acham que é fácil ser promoter. Não! Cada lista é um estudo. Essa junção, de apresentar um ator a tal diretor e daí surgir um casamento profissional, é meu maior prazer.” E como lidam com imprevistos? “Re zo! Já pedi ajuda até ao cacique Co bra Coral para chover. No fim, deu certo”, lembra ela. Sobre a união de 13 anos, mandam re cado. “Tinha gente que dizia: ‘Ah, Liège é bem mais velha, não vai dar certo’. Quem falou já está separado. Precisei dar resposta? Não. A vida deu! A gente se ama, ponto!”, avisa Luiz.