Em entrevista à CARAS Brasil, Wagner Cavalcante, ator da Record, relembra trajetória como intérprete de personagem infantil que vendeu 3,5 milhões de DVDs
Publicado em 15/10/2024, às 11h30
No ar na última temporada de Reis — série bíblica da Record — como o servo Eli, Wagner Cavalcante conquistou, primeiro, os palcos do Brasil como intérprete do ícone infantil Galinha Pintadinha. Em entrevista à CARAS Brasil, o multiartista relembra seu começo no sucesso infantil, um trabalho que durou anos: "Me abriu portas", declara.
O sonho de ser ator, como conta Wagner, vem desde a infância e só foi se intensificando com o passar do tempo. "Eu sempre falo que já nasci ator, desde muito pequeno", diz. Aos 3 anos, o intérprete participava de peças infantis na igreja do bairro e, sempre que podia, brincava de "fazer novela".
"Eu prendia dois lençóis no varal, abria como se fossem cortinas do teatro e me apresentava para uma plateia imaginária. Apesar de ter sido muito pobre na infância, eu tive uma infância muito rica de imaginação", relembra.
Com a infância regada à criatividade, não é surpresa que Wagner tenha seguido o caminho das artes. Mesmo com as dificuldades impostas no meio e o temor da família de que ele não tivesse uma carreira estável, Wagner seguiu o sonho que o guiava desde pequeno.
Ver essa foto no Instagram
Em 2011, a recompensa pela coragem chegou de surpresa na forma da galinha mais amada do Brasil, a Galinha Pintadinha. "Fiz um teste com mais de 1500 pessoas, foi uma semana de audição, e eu nem esperava ser chamado para fazer Galinha. Achava que, se fosse aprovado, eu faria o sapo da canção 'O sapo não lava o pé'", compartilha.
Depois dos testes, o retorno da equipe: ele seria a alma por trás da fantasia da Galinha Pintadinha. Apoiado na fé, Wagner agradece a Deus pela conquista: "Mais uma vez Deus mostrou que estava comigo, passou dias, achei que já não tinha mais chance, eu fui aprovado para dar vida ao maior fenômeno infantil", diz saudosista.
Ao longo da carreira como Galinha Pintadinha, Wagner participou de diversas turnês pelo Brasil e se apresentou em muitos programas de televisão famosos. Mesmo com a identidade coberta pela fantasia, o ator destaca a importância do papel na sua carreira. "A Galinha tem um espaço no meu coração, me abriu muitas portas como ator", afirma.
O tempo também rendeu boas memórias, que Wagner guarda com carinho. "Uma vez, a gente recebeu uma criança autista que começou a falar a partir das músicas da Galinha. Isso me tocou muito", diz.
Agora em Reis, Wagner não abandonou sua conexão com o fenômeno infantil. De intérprete da Galinha, ele passou para diretor do espetáculo: "Dez anos depois, os criadores me convidaram para dirigir e produzir o musical aqui no Rio de Janeiro, esse Top 10 da Galinha Pintadinha é o terceiro que dirijo", revela.
Para a alegria do artista, a agenda de gravações da série televisiva casou bem com os shows. "Agora está mais tranquilo, porque gravo durante a semana e os shows são finais de semana. Então, graças a Deus, a agenda deu certinho", comemora.