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Teatro / Saiba tudo!

Beto Sargentelli vive rotina de maratona em musical sobre Rock In Rio: 'Realização'

Em entrevista à CARAS Brasil, Beto Sargentelli comenta sobre preparação para musical Sonhos, Lama e Rock'n'Roll e lembra trajetória como Elvis Presley

Beto Sargentelli é nome marcante do teatro musical brasileiro - Divulgação/Fábio Audi
Beto Sargentelli é nome marcante do teatro musical brasileiro - Divulgação/Fábio Audi

Depois de encarnar Elvis Presley(1935-1977) nos palcos com o musical O Rei do Rock e conquistar indicações a prêmios como o APCA e Bibi Ferreira, Beto Sargentelli (31) encara o desafio de mesclar a energia do Rock In Rio com a arte do teatro no musical Sonhos, Lama e Rock'n'Roll. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista comenta sobre a rotina das apresentações e revela que é como uma maratona: "Realização", destaca.

Para viver João Coelho, o protagonista do espetáculo montado na entrada da Cidade do Rock, Beto passou por um processo que vêm desde janeiro. "Começou quando fui convidado pelo nosso diretor Charles Möeller para a 1ª leitura do texto, juntamente para o Roberto Medina", revela.

Logo no primeiro contato com a produção, o ator precisou cantar cara a cara para o organizador do Rock In Rio: "Foi um privilégio imenso, pois é um projeto muito especial que vem sendo pensado há bastante tempo por ele, junto da dupla Möeller & Botelho. Imagina a responsabilidade em cantar estes sucessos numa pequena sala, de frente para o criador do festival? Inesquecível", afirma.

Depois dos desafios iniciais, o artista destaca que o trabalho ao lado de Malu Rodrigues(31), que vive a mocinha Beth, tem sido corrido e muito satisfatório: "Eu e a Malu nos conhecemos e acompanhamos o trabalho um do outro há anos. Foi uma delícia nosso jogo cênico desde a 1ª leitura e estamos nos divertindo bastante".

A correira vem da quantidade de apresentações diárias: Beto revela que o espetáculo tem quatro sessões de apresentação por dia. "Uma maratona", afirma o intérprete com entusiasmo. Outra questão para encarar a produção foi se adaptar ao estilo do palco, que têm três andares e uma boca de cena enorme. "Acho que são, pelo menos, 40 metros", compartilha.

Nesse grande palco, Sargentelli interpreta sucessos do rock como as canções We Will Rock You e Don’t Stop Believin. Segundo o ator, a relação com o estilo não é de agora: "Minha história com o QUEEN já é de longa data, desde criança ouvindo os discos do meu pai, passando por quando protagonizei a montagem brasileira do musical We Will Rock You, até agora, nos 40 anos de Rock In Rio voltando a interpretar várias músicas da banda é muito especial", revela.

O artista também destaca a oportunidade de cantar Don’t Stop Believin como um momento especial da apresentação. "Cantar o maior sucesso de JOURNEY sabendo que a banda estará pela 1ª vez no festival, no palco ao meu lado, realmente é uma realização absoluta", diz.

A trajetória até o Rock In Rio

O trabalho na produção e interpretação de Elvis no musical O Rei do Rock, é claro, foi um ponto positivo na escolha do artista para o papel em Sonhos, Lama e Rock'n'Roll. Pela entrega, Beto recebeu a sua primeira indicação ao Prêmio APCA, e conquistou mais uma indicação ao Prêmio Bibi Ferreira.

"Me senti extremamente realizado e feliz! O Prêmio APCA é o prêmio teatral mais respeitado e tradicional do país, então receber essa indicação na categoria de Melhor Ator por meu trabalho como Elvis Presley, ao lado de gigantes, é uma honra. Principalmente pelo prêmio abranger teatro de prosa e teatro musical na mesma seara", afirma.

Sobre o Prêmio Bibi, ele comenta que é "um júbilo ser novamente indicado como Melhor Ator, também por se tratar de outro grande prêmio teatral, o primeiro com o olhar mais voltado para o Teatro Musical do país". Ao todo, já são 16 prêmios, indicações e reconhecimentos para O Rei do Rock e, como conta Beto, toda a equipe está mais do que feliz.

Para o artista, o sucesso do espetáculo é fruto de muita dedicação — do momento em que ele passou a ideia para o papel até o fim de cada apresentação. "Os sete anos de gestação enquanto escrevi os nove tratamentos do texto do espetáculo, além das etapas de produção do projeto e minha preparação como ator, cantor e dançarino, nos mínimos detalhes, para interpretar Elvis Presley, foram um diferencial", reflete.

Beto compartilha que a relação pessoal do pai com Elvis e as memórias que tinha também estão muito presentes no trabalho: "Foi muito estudo, esforço e suor, além da ligação de alma com meu pai e da minha relação com ele e com o Rei, que estão presentes no texto".

Entre os muitos momentos que o marcaram durante O Rei do Rock, o artista guarda com carinho a vista à Graceland e aos locais de passagem de Elvis em Memphis, além da primeira apresentação: "São tantos momentos! Guardo muito o dia da estreia em minha memória, além de quase todos os dias em que fomos ovacionados".

Depois do grande sucesso do musical em São Paulo, a obra será adaptada para o Rio de Janeiro e Beto promete novidades. "Estamos loucos para estrear O Rei do Rock no Rio de Janeiro, o público carioca nos pede há meses! Com certeza haverá algumas diferenças, o público é outro, o teatro também, porém temos um elenco e direção que já tem um DNA super carioca, será uma delícia", conclui.