Com uma plateia repleta de amigos, a atriz Andréa Beltrão reestreou a peça 'Jacinta' no Teatro Poeira, Zona Sul do Rio de Janeiro, e avaliou a obstinação de sua personagem na trama
Cercada de seus amigos, a atriz Andrea Beltrão (49) reestreou nesta quinta-feira, 15, a comédia-rock Jacinta, no Teatro Poeira, em Botafogo, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro. Com direção de Aderbal Freire Filho, direção musical do Titã Branco Mello (50), a atriz faz o papel-título e está à frente de um elenco que também conta com Augusto Madeira, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, José Mauro Brant e Rodrigo França, além de quatro músicos.
“Estava com frio na barriga. Zangões e abelhas copulavam em meu intestino”, brincou ela, que está satisfeita com o resultado do trabalho. “Acho que a plateia gostou, envolveu. Gostou das músicas, do Branco, que é um gênio. Agora é ver o que as pessoas estão dizendo”, completou ela.
A peça conta a história de Jacinta (Andrea Beltrão), que vive sua primeira experiência como atriz diante da rainha de Portugal, no século XVI. Apaixonada por teatro, a monarca se espanta de tal forma com a desastrosa interpretação que perde o ar e morre, mas não sem antes decretar o mesmo fim para a artista iniciante. A pena é transformada em exílio no Brasil, onde Jacinta chega com a fama de pior atriz do mundo, realizando na então colônia portuguesa uma aventura em busca do aplauso e do reconhecimento.
“O que mais me atraiu na Jacinta é a busca dela, a humanidade dela. De não saber e querer aprender e não desistir. Acho que isso é muito do humano, da gente, uma obstinação, um desejo firme, inabalável. Ela persegue um desejo e isso é uma coisa que alimenta muito a gente. Acho que quando a gente vê isso em alguém, a gente se alimenta disso também quando como vemos um grande atleta que teve uma vida difícil e teve um mega resultado. Você vê que é possível, do nada, criar um tudo.
Acho que essa coisa da Jacinta é que me chamou mais atenção”, analisou Andrea.