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Revista / GRÁVIDA DO SEGUNDO FILHO

Sthefany Brito reflete sobre os desafios da maternidade: 'Coisa mais difícil do mundo!'

Em entrevista à Revista CARAS, a atriz Sthefany Brito comenta sobre a romantização da maternidade e diz acreditar que, desta vez, se cobrará menos

por Fernanda Chaves
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Publicado em 30/08/2024, às 11h00

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Grávida do segundo filho, Sthefany Brito brinca com o primogênito, Enrico - Rodrigo Rodrigues e Josias Vieira
Grávida do segundo filho, Sthefany Brito brinca com o primogênito, Enrico - Rodrigo Rodrigues e Josias Vieira

Há quase quatro anos, Sthefany Brito (37) conversou com a Revista CARAS sobre a expectativa com a chegada de seu primeiro filho, Antonio Enrico (3). Hoje, ao lado do primogênito, a atriz, que é casada com o empresário Igor Raschkovsky, fala da ansiedade com o nascimento do caçula, Vicenzo. Prestes a dar à luz, a artista reflete sobre a romantização da maternidade e acredita que, desta vez, se cobrará menos. “É um amor que não tem explicação e, ao mesmo tempo, é a coisa mais difícil e desafiante do mundo!”, afirma ela.

O Vicenzo foi planejado?

Foi planejado, esperado, independentemente se fossem meninos, meninas, mas a gente queria muito que fossem dois filhos. Eu tenho irmão, o Igor tem irmã, então a gente sabe a bênção que é ter alguém para dividir a vida. E, aí, veio mais um menininho, a gente está muito feliz!

Como tem sido a gestação?

Está uma delícia, mas nessa gravidez estou sentindo mais coisas. Engraçado, não sei se é
por já ter um filho e a vida ser tão corrida, que essa gravidez voou e, daqui a pouco, esse menino está aqui. Do Enrico parecia que ele não ia nascer nunca, não sei se era a pandemia, se ele também demorou muito para nascer, mas o Vicenzo parece que tudo passou muito rápido. Parece que é tudo novo. Imaginei que fosse tirar de letra, pois já fiquei grávida, só que não foi assim. Estou enjoada, com dor nas costas e, mais do que tudo, estou muito ansiosa. Mas acho que a minha ansiedade vem de imaginar o encontro dos dois, eles crescendo juntos. Vai ser tão maravilhoso!

E como o Enrico está com a chegada do irmão?

Até agora ele está achando o máximo (risos). Ele beija a minha barriga, abraça, está muito carinhoso. Ontem ele falou que quer que o irmão nasça logo. O Enrico já entendeu também, ele é muito grudado em mim, e toda hora vinha pedir colo, mas comecei a explicar que a barriga da mamãe está pesada e que dói as costas. Já expliquei para ele como vai ser, que a mamãe vai para o hospital e ele vai para a casa da vovó. Todo dia ele pergunta se é hoje que vou para o hospital, está ansioso. Acho que ele vai ser muito protetor. Ele vai querer me ajudar e eu vou incluí-lo o máximo que der para participar. Ele já me ajuda, eu boto uma coisa no lugar e ele tira da gaveta, fala que arrumei errado (risos).

Como é ser mãe?

Uma loucura (risos)! É a melhor coisa do mundo, é um amor desesperador, não dá para comparar com a relação de marido, de pai, de mãe, nada chega perto desse amor. E, ao mesmo tempo, é a coisa mais desafiante do universo criar um ser humano. Naturalmente vem uma culpa muito grande de ‘será que estou fazendo certo?’, mas o tempo vai passando e a gente vai ganhando confiança, principalmente na relação que você vai estabelecendo. Ontem ele falou: “Mamãe, amo muito você, porque você coça quando o mosquito pica (risos)”. São coisas bobas do dia a dia que, quando você está cansada, estressada, às vezes, ele me olha de um jeito e me quebra como nunca ninguém na vida conseguiu.

A maternidade te mudou?

Eu virei outra pessoa depois que fui mãe, tenho medo de fazer tanta coisa, só penso que nunca pode acontecer nada comigo porque ninguém vai criá-lo como eu. A sensação que tenho é que vivi 34 anos esperando por ele. O Vicenzo nem nasceu e sei que vai ser igual. A sensação é que vim para esse mundo, passei por tudo que passei, para poder chegar a esse momento agora e ter meus filhos. É a minha missão de vida, meu melhor papel é ser mãe. Eu continuo aprendendo, não é nasceu e virou
mãe, é o dia a dia, é uma birra no meio do shopping, no perrengue, é um eterno aprendizado.

É importante você falar isso, sobre não romantizar...

Tem muito perrengue e eu sofri no início porque achava que ser mãe era uma coisa natural, que eu
iria saber o que fazer pelo instinto maternal. Até por ser irmã mais velha, sempre me senti meio mãe
do meu irmão, mas no dia a dia, com uma criança pequena, você vai entendendo que não sabe nada. Por exemplo, a amamentação. Eu achava que ia botar ele no meu peito e vamos ser felizes, vai ser
tudo lindo e foi um perrengue. Eu precisei de muita ajuda, quase parei de amamentar e consegui ir até
os 6 meses. Mas eu não via ninguém falar sobre isso, eu via fotos lindas, de mulheres plenas amamentando e achava que tinha alguma coisa errada comigo. Eu me culpava. Então, é lindo, é a melhor coisa do mundo, eu não trocaria absolutamente nada do que estou vivendo hoje, mas é desafiador.

Igor está ansioso também?

O Igor está mais preocupado em como é que vai ser esse início (risos). Mas ele é muito parceiro, chega junto, quando precisa pega para ele a responsabilidade, é paizão. Vamos descobrir juntos como é ser pais de dois, como vai funcionar essa dinâmica em casa. Eu fico tranquila porque eu sei que posso
contar com ele.

Vocês dois já não são mais pais de primeira viagem, já sabem como funciona...

Exatamente. Talvez um desafio diferente do que foi com o Enrico, mas por já ter tido um filho, acho que a gente encara as coisas com um pouco mais de leveza. O primeiro é desesperador, respirou diferente você já fica em pânico se está acontecendo alguma coisa. O Enrico chegou a ir para a emergência várias vezes, por exemplo. Hoje, eu jamais levaria o Vicenzo. Não que você não vai se preocupar, mas no segundo você tem um pouco mais de segurança em relação ao cuidado e um pouco mais de tranquilidade de saber que é assim que acontece.

Algumas mães famosas mostram um corpo incrível já após o nascimento do filho e sabemos que a realidade não é essa...

Tem mulher que volta, eu não sei se é genética, mas comigo não foi assim. Foi uma das coisas também que entrei meio em desespero, porque o Enrico já estava com 3 meses e a minha barriga era de uma grávida de quatro, cinco meses ainda. Tanto que quando ele tinha 3 meses eu estava enfiada numa clínica fazendo estética para a barriga voltar. Hoje, eu jamais faria isso. E não foi nem pela pressão externa, porque não existia isso comigo, mas era uma pressão minha mesmo, de me comparar a
outras pessoas e de achar que tinha alguma coisa errada com a minha barriga, porque fulana teve filho
há dois meses e está na calça jeans que usava antes, a outra com a barriga sarada que nem parece que
teve filho. Eu entrei em desespero, fui para a clínica de estética, até resolveu um pouco, mas depois
não adianta, era o útero ainda voltando, era o corpo ainda tentando voltar. Cheguei a postar uma foto
da minha barriga e recebi mensagens me agradecendo por compartilhar a realidade da maioria das
mães. A gente não pode julgar aquela que o corpo volta e nem a que o corpo não volta, são organismos e corpos diferentes.

Dessa vez será diferente.

Com certeza, vou ter muito mais empatia por mim. É claro que a gente quer emagrecer, se cuidar,
malhar, comer bem, é uma questão de saúde acima de qualquer coisa, mas essa loucura de querer
voltar a ter o corpo de antes correndo, estou completamente fora disso. Hoje, olho e fico com dó do
meu desespero à procura do corpo de antes. Por um lado foi bom, porque hoje eu sei exatamente
como é que não vai ser. Eu vou dar tempo ao tempo.

Grávida do segundo filho, Sthefany Brito brinca com o primogênito, Enrico
Sthefany Brito está grávida do segundo filho, Vicenzo
Sthefany Brito está grávida do segundo filho, Vicenzo
Sthefany Brito está grávida do segundo filho, Vicenzo
Sthefany Brito está grávida do segundo filho, Vicenzo