Galã da nova geração, Nicolas Prattes foca na carreira e diz: 'Sou romântico'
Elencar os predicados e as facetas de Nicolas Prattes (25) não é tarefa fácil. Talentoso, bem-humorado, amante dos esportes e romântico, o ator tem arrancado elogios e, lógico, suspiros com sua atuação em Todas as Flores, do Globoplay, trama na qual dá vida ao batalhador Diego, mas deixa claro: a arte e o ofício estão acima de qualquer título, principalmente, o de galã. “Eu não acredito em nada disso, vou levando minha vida e construindo minha história sem precisar pegar nenhum rótulo que a mim é enviado, isso não é tarefa minha”, dispara o ator, durante entrevista exclusiva para CARAS, no Rio.
Definindo-se como uma pessoa intensa dentro e fora de cena, o carioca fez sua estreia nas telinhas com apenas 2 anos, quando viveu Francesquinho, o filho dos personagens de Ana Paula Arósio (47) e Thiago Lacerda (44) em Terra Nostra. Na adolescência, fez teatro, cursos e chegou a estudar Cinema em Los Angeles, nos EUA. Quando regressou ao Brasil, não parou mais e amadureceu aos olhos do público, tornando-se um dos mais requisitados atores de sua geração. “É uma profissão que exige disciplina, determinação e fé. Você tem que acreditar muito naquilo que você faz. Às vezes, as pessoas podem não acreditar, mas se você acredita já é 80% do caminho. Então, o maior desafio é manter a chama da fé sempre acesa”, assegura ele, cujo currículo inclui sucessos da teledramaturgia como as globais Malhação: Seu Lugar no Mundo, O Tempo Não Para e Éramos Seis.
Quando o assunto é o coração, Nicolas desconversa. Ele prefere fazer a linha reservado, mas avisa: “Eu sou um cara muito romântico, sou taurino. Sou apaixonado pela minha vida, sou apaixonado na relação em que eu estou, sou muito intenso, amo muito. E vejo isso como um lado positivo”, entrega ele.
– Como tem sido a experiência em Todas as Flores ?
– Tem sido muito boa, porque estamos inaugurando uma nova estrada, uma novela no streaming. Uma história que toca em pontos que são fundamentais na sociedade e com um personagem que é um brasileiro bem desenhado. Com um diretor que já tenho uma sintonia muito grande, o Carlos Araújo, e com um autor que eu tinha o sonho de trabalhar, que é o João Emanuel Carneiro.
– Diego é um personagem batalhador e, apesar de todas as dificuldades, não desiste de lutar. Como foi a preparação? Você tem algo em comum com ele?
– Comecei pelo corpo. O Diego é um cara muito físico e mergulhei nas tragédias da vida dele, assistia a noticiários, filmes, livros, foi um personagem em que precisei me aprofundar muito por ter um universo que é bem diferente do meu. Em comum? Viemos de uma família amorosa e fomos criados em um ambiente de muito amor e de honestidade. Isso faz com que eu me aproxime do Diego e consiga entender a essência dele.
– Algumas cenas são intensas e para lá de emocionantes. É difícil se desvencilhar do personagem?
– Não, é tranquilo. Liga a chavinha na hora de gravar e desliga a chavinha na hora de acabar a cena e voltar para casa.
– Por falar em cenas, algumas envolvem nudez. Como encara? – É tranquilo. As cenas têm seu
contexto e não é propriamente sobre nudez. Todas têm seu propósito e são fundamentais para contar aquela história, então, estando ciente disso é muito tranquilo.
– Considera o Diego um divisor de águas na sua carreira? – Todo personagem é um passo diferente que não tinha sido dado antes e que me soma e completa como pessoa e ator. Estou feliz com a resposta do público. Houve uma empatia muito grande e acredito que isso se dá pelo fato de ele ser um brasileiro, um cara que sofre, mas que não desiste daquilo que quer. E que não se deixa corromper, não perde a essência.
– Começou a trabalhar cedo. Isso te amadureceu mais rápido?
– Com certeza. No colégio, na faculdade, enquanto amigos iam para festas — o que também é legal —, eu estava indo dormir cedo, porque tinha peça no dia seguinte. O trabalho moldou meu caráter como pessoa, me fez ser uma pessoa disciplinada, responsável, que cada vez mais tem certeza daquilo que é e daquilo que quer.
– A fama afeta seu caminho?
– Não! Graças a Deus tenho uma família e pessoas fortes que me criaram e que me dão noção da realidade. Acredito na humanidade, a gente tem que saber o que a gente é e não acreditar no que os outros falam sobre nós, seja algo positivo ou negativo.
– Como lida com o assédio? Já passou por alguma situação inusitada ou engraçada? – Os meus fãs são sempre muito carinhosos e emanam boas energias. Uma vez, uma fã pediu um beijo e dei um beijo na bochecha dela. Não era esse o beijo que ela queria, mas foi o jeito que eu consegui para não ficar chato para nenhum dos lados! (risos).
– Você é fã dos esportes...
– O esporte é uma grande terapia. Sempre tive muita energia e no esporte descarrego grande parte
dessa energia. Com ele alinho meu corpo, para ter um físico disponível para o trabalho, e onde aprendi a ter disciplina.
– Quais modalidades pratica?
– Gosto de correr, jogar bola, surfar, fazer aulas de boxe, muay thai, jiu-jítsu... gosto de experimentar todas as modalidades.
– Você disse ser romântico. Tem vontade de casar e ser pai?
– Tenho vontade, claro, de casar e de ser pai. Acredito que ser pai vai me completar, me trazer mais vida, me trazer mais leveza. E vai trazer muita responsabilidade!
– É um cara vaidoso? Qual sua rotina de cuidados?
– Minha rotina é cuidar do meu corpo e da minha saúde. Procuro não acompanhar coisas que me
tragam sentimentos negativos e fazer boas leituras, que me alimentem. Gosto de lavar o rosto quando acordo e quando vou dormir e passar meu sérum.
– Se não fosse ator, teria seguido por qual caminho?
– Não sei te responder! Agora você me pegou (risos). Não me vejo fazendo outra coisa!
– O que gosta de fazer quando não está gravando? Tem algum talento não revelado?
– Adoro cozinhar e cantar. E gosto de escrever. Escrevo muitos textos que são mais para mim, mas gosto de escrever minhas emoções em texto e reler aquilo mais para frente. Não posso dizer que sou um bom escritor, mas gosto!
Fotos: Gabriel Farhat / Divulgação