Em entrevista à Revista CARAS, Giullia Buscacio fala sobre bullying na infância e planos para vida pessoal e profissional
Desfrutar das delícias de um cruzeiro já se tornou rotina nas férias de Giullia Buscacio (27). “São dias de verdadeiras férias. O navio é um lugar que te deixa bem confortável, com várias opções de atividades e, ao mesmo tempo, você está em casa. É curtir muito e voltar para a sua cabine, sem ter com o que se preocupar”, explica a atriz, no imponente MSC Grandiosa, o maior navio de cruzeiros do mundo a navegar por águas brasileiras.
Talentosa em sua arte, no tour, ela ainda revelou outra faceta: foi campeã de boliche no navio. “Eu me surpreendi! Ganhei de todo mundo, fazendo strike. Nem sabia que era boa, descobri no navio! Para dizer a verdade, eu era bem ruim, mas melhorei e foi muito divertido”, diz ela, que curtiu momentos de descanso em alto-mar antes de entrar no ar com a global das 9, Renascer.
“Sinto que a Sandra vem dizer coisas que muitas mulheres gostariam de dizer. Ela tem esta coragem de poder chegar e expor estas ideias. Ela mostra o feminino, a mulher de uma maneira muito forte na história. É muito interessante as ideias da Sandra no meio desta narrativa. Ela realmente não tem nenhum receio de colocar para fora estas ideias”, afirma a atriz, cujo papel foi interpretado por Luciana Braga (61) na primeira versão da novela, em 1993. “A essência da Sandra está ali, mas são tempos diferentes”, explica.
Os dias a bordo começavam na academia. Era ali que Giullia fazia seus exercícios, se mantendo fiel à atual fase. “Malhar é um hábito que trouxe da pandemia, de ter um tempo para respirar, esvaziar a cabeça e ainda está comigo. Nem sempre conto com a motivação, mas sim com a constância, de ser um compromisso mesmo”, conclui a atriz, que leva os cuidados com saúde para a cozinha. Mesmo assumindo não ser uma especialista na área! “Não sou boa na cozinha. Eu me viro. Sei que vou fazer bem porque, assim como nos meus personagens, sou dedicada. Vou pegar receita, ver vídeo, eu encaro o desafio, eu estudo. As comidas fit têm sido minha especialidade. Gosto muito de fazer panqueca de banana com aveia”, conta ela.
– Você se divertiu na área de jogos do navio, se sentindo uma verdadeira jogadora de basquete! Aliás, qual sua altura mesmo?
– Tenho 1,58 m e o basquete é meu sonho de baixinha. Sou muito fã, já fui a alguns jogos e acho incrível ver os mais altos jogando. E era isso mesmo, fiquei ali arremessando na cesta, me sentindo a Hortência, a Magic Paula.
– Ser baixinha é um trauma?
– Na infância, tentei de tudo com meus pais para poder crescer, da alimentação à natação, que fiz por muitos anos, não gostava, mas fazia. Durante o tempo de escola sofria bullying por ser baixinha. Era sempre a menor da turma, a primeira da fila e ficava arrasada, mas o bullying me fez virar nos trinta para poder sair daquela situação. Fui criando outras qualidades para suprir minha altura. E me tornei muito comunicativa. Consegui compensar em outras qualidades e, hoje, eu gosto do meu tamanho.
– Com mais de 3 milhões de seguidores, como você atua nas redes sociais?
– Sou de períodos. Em alguns estou muito conectada, em outros menos. Sou intensa nos meus trabalhos e, geralmente, quando estou no ar fico menos conectada. Quando acaba, volto a dar mais atenção, ficar mais presente, ter uma aproximação maior com a galera que me acompanha. Nesse momento estou podendo me reciclar como atriz, estudando espanhol e inglês, para aumentar meu leque de possibilidades, e mostrando para os meus seguidores.
– Já teve problemas nas redes?
– Já usaram minha foto para vender roupas. Soube por meio de fã-clube, de meninas que me conhecem e sabem que, se estivesse vendendo, teria divulgado no meu perfil. As pessoas têm que tomar cuidado. Devem sempre buscar a veracidade das informações, ir no perfil oficial da pessoa. Ainda mais hoje, com tantas mentiras, é mais fácil que você se engane.
– Você denunciou?
– Imediatamente. Por meio do Instagram. E tiraram do ar.
– Você pensa nos 30 anos que estão chegando?
– Meu Deus! Pensei nisso agora! Estou muito perto dos 30 e quero fazer algo significativo para marcar essa data, que está chegando. Espero que nos meus 30 anos já esteja com uma família, filhos e bons trabalhos para poder apresentar. Mas pode ser que não aconteça nada e está tudo certo.
– É um sonho ser mãe?
– Sim, sonho em ser mãe. Vou amar ser, mas tudo no tempo certo. Tenho muitos projetos de trabalho para fazer. Pelo menos essa é a ordem que estou colocando. Por enquanto, é o trabalho em primeiro lugar, mas Deus sabe de tudo.
– E como será a mãe Giulia?
– Com toda certeza será uma mãe preocupada e muito zelosa. Quando gosto, me importo muito e sou bem atenciosa e dedicada. Vou ser uma boa mãe, seja de menina ou de menino.
FOTOS: MARCOS SALLES E MÁRCIA SALLES