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Revista / MÚSICA NO DNA

Filho de Andrea Bocelli fala sobre comparações com pai: 'São inevitáveis'

Em entrevista à Revista CARAS, Matteo Bocelli, filho de Andrea Bocelli, fala de sua trajetória musical e inspiração artística no pai

por Tamara Gaspar
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Publicado em 05/10/2024, às 11h00

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Matteo Bocelli tem ecoado sua voz e talento pelos quatro cantos do mundo - Alfie Harco e Mattia Guolo
Matteo Bocelli tem ecoado sua voz e talento pelos quatro cantos do mundo - Alfie Harco e Mattia Guolo

Ele cresceu imerso no universo da música e, aos 6 anos, já dedilhava suas primeiras notas no piano, tudo sob supervisão de ninguém menos que o pai, o astro italiano Andrea Bocelli (66). O destino, lógico, se tornou inevitável: Matteo Bocelli (26) abraçou a carreira artística e tem ecoado sua voz e talento pelos quatro cantos do mundo. 

“Minha música mistura elementos clássicos com influências pop contemporâneas. Cresci ouvindo música clássica, claro, mas também adoro sons modernos. Meu objetivo é criar algo que conecte os dois mundos”, diz ele, em contagem regressiva para aterrissar no Brasil com a turnê A Night with Matteo.

Assim como Andrea, Matteo impressiona pela voz potente e pela emoção que leva aos palcos. Sua estreia como tenor foi em 2018 e, no mesmo ano, ficou conhecido pelo grande público ao fazer dueto com o pai na canção Fall On Me. Já em 2021, lançou seu primeiro single, Solo.

Até nas telonas o cantor já se arriscou! Em 2022, atuou no filme Three Thousand Years of Longing, ao lado de nomes como Idris Elba (52) e Tilda Swinton (63). De quebra, ele ainda compôs uma das canções do longa. Com a música correndo em suas veias, Matteo tem o pai como grande inspiração e, inclusive, participa de alguns shows do ídolo. Ainda assim, ele faz questão de ser autor de sua própria história, trilhando um caminho independente, com esforço e dedicação.

“Estou seguindo minha própria jornada musical. Aceito nossas diferenças e deixo essas comparações me inspirarem a crescer”, avalia ele, em bate-papo exclusivo com CARAS.

– Você fará shows em SP e Rio. Quando falamos de Brasil, qual a primeira coisa que vem à cabeça?

– O Brasil me faz pensar em cultura e música vibrantes. Há muita paixão aqui e as pessoas realmente abraçam a vida. Estou muito animado para experimentar essa energia em primeira mão.

– Em maio, você veio para cá e se apresentou na turnê de seu pai. Como foi essa experiência?

– Inesquecível! Dividir o palco com meu pai em um País tão lindo e com fãs tão apaixonados foi realmente especial. Há uma certa magia em cantarmos juntos e fazer isso no Brasil foi uma honra.

– Seu pai lhe dá conselhos?

– A maior lição que aprendi com meu pai no que diz respeito à carreira musical e que me esforço para levar sempre comigo é a importância do trabalho duro. Ele sempre trabalhou muito e nunca considerou nada garantido. Sua persistência e dedicação são admiráveis. Ele também me mostrou a importância de cuidar da voz e da saúde para poder ter uma carreira longa e de sucesso.

– São lições que seu pai te passou e você faz questão de usar...

– A maior lição é perseverança e trabalho duro. Meu pai enfrentou muitos desafios em sua vida, mas nunca deixou que eles o impedissem. Ele diz que com determinação tudo é possível.

– Sente alguma pressão por ser filho de um ícone internacional?

– Há um senso de responsabilidade, mas sei que sou extremamente privilegiado por seguir os passos de meu pai. É claro que isso traz muitas expectativas. Focar nessas expectativas começa a limitar minha criatividade e diminuir as possibilidades de experimentar novas músicas e sons. Por causa disso, não gasto energia pensando nas pressões externas para cumprir um legado. Em vez disso, opto por me concentrar em criar a melhor música possível, me mantendo fiel a mim mesmo e ao meu som. Ainda assim, sou muito orgulhoso e honrado por poder ter um modelo tão incrível em minha vida.

– E é difícil lidar com todas essas comparações e pressões?

– As comparações são inevitáveis, mas procuro não focar nelas. A carreira do meu pai é extraordinária e eu o admiro muito, mas estou seguindo minha própria jornada musical. Aceito nossas diferenças e deixo essas comparações me inspirarem a crescer.

– Você cresceu envolvido com a música, mas em uma entrevista chegou a dizer que se não fosse cantor trabalharia na agricultura. O campo é seu refúgio?

– Adoro a natureza e a simplicidade da vida no campo. É pacífico e fundamentado. Embora minha carreira me mantenha nas cidades a maior parte do tempo, gosto de estar no campo quando estou de folga das turnês e viagens.

– Seu estilo musical mescla o clássico com o pop, mas o que toca mais seu coração?

– Acho que meu coração é uma mistura de ambos. Adoro música clássica pela sua profundidade e emoção, mas também adoro a energia e a criatividade do pop. Depende do momento!

– Qual seu grande sonho?

– É continuar evoluindo como artista e compartilhar minha música com o maior número de pessoas possível. Também espero criar música que ressoe em pessoas de diferentes gerações e culturas. 

Matteo Bocelli tem ecoado sua voz e talento pelos quatro cantos do mundo / Fotos: Alfie Harco e Mattia Guolo
Matteo Bocelli tem ecoado sua voz e talento pelos quatro cantos do mundo / Fotos: Alfie Harco e Mattia Guolo
Matteo Bocelli tem ecoado sua voz e talento pelos quatro cantos do mundo / Fotos: Alfie Harco e Mattia Guolo
Matteo Bocelli tem ecoado sua voz e talento pelos quatro cantos do mundo / Fotos: Alfie Harco e Mattia Guolo