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Revista / Especial CARAS

Como era a relação de Bento XVI e Papa Francisco? Saiba os bastidores

Com personalidades opostas, o alemão Bento XVI e o argentino Papa Francisco eram cordiais entre si, mas polêmicas foram parar no cinema

Revista CARAS
por Revista CARAS
redacao@caras.com.br

Publicado em 25/02/2025, às 08h00 - Atualizado em 21/04/2025, às 07h46

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Papa Francisco e Bento XVI - Fotos: Getty Images
Papa Francisco e Bento XVI - Fotos: Getty Images

Confira a reportagem publicada pela Revista CARAS em fevereiro de 2024, na edição especial sobre o Papa Francisco:

Ao assumir o posto de chefe da Igreja Católica, Francisco precisou lidar com um fato inédito na história recente do Vaticano. Pela primeira vez, nos últimos 600 anos, o atual papa e seu antecessor, o papa emérito Bento XVI (1927-2022), teriam a oportunidade de conviver juntos. “Nós somos irmãos”, ressaltou o argentino, na primeira vez que se encontrou com Joseph Ratzinger. “Papa é um só, Francisco. Eu considero que meu único e último dever é apoiar o pontificado por meio da oração”, falava o religioso alemão.

Os encontros não eram raros e, em todos eles, as orações eram o grande denominador comum. A relação, porém, foi marcada por especulações, já que eles tinham estilos e temperamentos diferentes. Enquanto Francisco é carismático, entusiasta de tendências liberais e reformadoras e adepto de estilo de vida simples, fruto da formação jesuíta, Bento era conservador, considerado um líder sisudo e com pouca abertura às temáticas da contemporaneidade.

“Eu estou agradecido de poder estar vinculado por uma grande coincidência de opiniões e uma amizade de coração ao papa Francisco”, afirmou Bento, alegando que compartilhava das mesmas ideias de Francisco. O fato de viver no Vaticano, fazer aparições públicas e se vestir de branco como o pontífice também gerou críticas, afinal, Bento havia afirmado que se isolaria do mundo após a sua renúncia. “Manter o hábito branco e o nome de Bento é algo simplesmente prático. No momento da renúncia, não havia outros hábitos à disposição. Além disso, uso o hábito branco de uma forma claramente distinta à do papa”, falou o alemão.

As especulações de amizade e estranhamento entre os religiosos renderam até um filme, Dois Papas. Apesar do roteiro ficcional, a história abordou as controvérsias da relação e gerou críticas de algumas autoridades religiosas, que acusaram o filme de maniqueísmo — o papa do bem e o papa do mal. Em público, porém, nunca houve rusgas. Ao contrário, apenas elogios. “Um homem nobre e gentil. Um presente para o mundo”, frisou Francisco, após a morte de seu antecessor.