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Veja o que mudou no perfil da noiva real ao longo dos anos

Fatores como época e origem diferenciam as consortes reais ao longo do tempo

CARAS Digital Publicado em 18/05/2018, às 07h00 - Atualizado às 10h30

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Diana Spencer, Meghan Markle e Kate Middleton - Getty Images
Diana Spencer, Meghan Markle e Kate Middleton - Getty Images

A realeza britânica sempre foi conhecida pela sua forte tradição, que é sempre seguida à risca. É fácil esquecer, no entanto, que os Windsor já passaram por mudanças drásticas ao longo da história – e um dos maiores exemplos disso é o perfil da noiva real.

Como futuro membro da realeza, Meghan Markle é uma novidade em muitos aspectos. Afinal, ela será a primeira pessoa de origem miscigenada a integrar a família real britânica. Em outros aspectos, no entanto, ela evoca outra consorte. 

Wallis Simpson era uma americana divorciada, assim como a noiva de Harry, quando começou a se envolver com Edward VIII. Mas, diferentemente de Meghan, sua relação com o monarca era vista como escandalosa e, em 1936, com menos de um ano de reinado, Edward finalmente renunciou sua posição com o intuito de se casar com a socialite. Para a sociedade britânica da época, alguém como Wallis simplesmente não poderia compor a realeza e, por isso, o casal se viu isolado das questões da Coroa.

Décadas depois, o arquétipo da noiva real perfeita emergiu. Lady Diana era de origem aristocrática (seu clã, Spencer, é um dos mais tradicionais da Inglaterra), jovem (ela tinha apenas 20 anos quando se casou) e, sobretudo, virgem. Em 1981, a sua boda com o príncipe Charles foi vista por milhões de pessoas no mundo todo e, com o tempo, a nova princesa atingiria um nível de estrelato comparado ao das grandes atrizes de Hollywood: seu carisma atraía todas as atenções e seu estilo foi copiado por uma geração inteira de mulheres.

Diana, no entanto, se provou muito mais disruptiva do que se imaginava. Sua relação com o Príncipe de Gales se deteriorou com os anos e, em 1996, o inimaginável aconteceu: o casal real finalmente se divorciou. Eles não foram os únicos, já que, no mesmo período, os casamentos de outros dois filhos de Elizabeth IIAnneAndrew, tiveram o mesmo destino.

Em 1997, a morte da Princesa do Povo ocasionou um descontentamento do público com a monarquia. Com isso, o clã real se viu na obrigação de repaginar a sua imagem. E, talvez, o primeiro fruto da modernização da Coroa tenha sido justamente Kate Middleton.

A esposa do príncipe William, por exemplo, manteve uma longa e profunda relação com o amado antes do casamento, em contraposição ao matrimônio de conveniência dos seus sogros. Kate também é a primeira plebeia desde o século 17 a se casar com o herdeiro do trono e a primeira futura rainha a ter um diploma universitário. 

Detalhes da próxima união real, como o vestido de Meghan, ainda são uma incógnita, mas uma coisa é certa: o casamento deste sábado, 19, deve marcar uma nova fase de uma instituição que está em constante mudança – apesar de continuar sempre a mesma.