Por trás da escuta cuidadosa, da linguagem acessível e da precisão nos protocolos dermatológicos, está uma médica que combina formação sólida, dedicação contínua e um propósito que se construiu ainda na juventude. Natália Suzuki é graduada, especializada em cirurgia dermatológica, mestre pela Unicamp, e hoje se destaca por um atendimento que alia ciência, acolhimento e foco integral na saúde da pele. Com forte presença nas redes sociais e uma crescente atuação educacional, ela representa uma geração de médicos comprometidos com o bem-estar real e com a formação de um novo olhar para a medicina.
Antes dos diplomas e da escolha pela medicina, a trajetória de Natália começou com uma inclinação pelas exatas. A afinidade com números e lógica a levou a considerar a engenharia como carreira, mas a influência familiar e uma experiência pessoal com autoestima despertaram outro caminho. “Minha mãe é enfermeira e sempre soube exatamente o que fazer quando estávamos doentes. Aquilo me encantava. Mas foi vivendo um desafio pessoal com autoestima, e observando a mudança que a cirurgia plástica provocou na vida de pessoas próximas, que eu entendi que queria causar esse mesmo impacto na vida das pessoas”, compartilha.
Encontro com a dermatologia
O desejo inicial pela cirurgia plástica transformou-se com o tempo. Durante o quarto ano de medicina, o contato com a dermatologia mudou sua percepção sobre possibilidades terapêuticas. “Vi que era possível cuidar da autoestima sem cirurgia. Pacientes com acne, queda de cabelo ou manchas, só com um bom tratamento clínico, já se transformavam. Vi minha mãe se emocionar quando cuidei da pele dela pela primeira vez. Isso me marcou”, relembra. O episódio selou sua escolha definitiva.
Na prática, Natália atua nas três frentes da dermatologia: clínica, estética e cirúrgica. Para ela, essas áreas não se separam. “O paciente chega para tratar uma queixa estética e eventualmente saímos com o diagnóstico de um câncer de pele. A consulta é sempre completa: examino couro cabeludo, unhas, entre os dedos dos pés, todas as pintas com o dermatoscópio. A saúde está sempre em primeiro lugar”, reforça.
Essa abordagem integrada reflete também em sua ética profissional. Ao contrário do discurso apressado que se popularizou em tempos de procedimentos em série, ela preza pelo respeito à anatomia individual e aos limites de cada rosto. “O que eu mais reforço na consulta é sobre como o paciente não vai ficar. Explico o que não vai acontecer. As pessoas têm medo de se transformarem e perderem a própria identidade. E esse medo é legítimo”, pontua.
Tecnologia e precisão no cuidado da pele
Entre as abordagens que realiza, estão os bioestimuladores de colágeno, o laser de picossegundos, a radiofrequência monopolar e o ultrassom microfocado. Mas o diferencial está na capacidade de indicar a tecnologia certa para cada tipo de pele, respeitando anatomia, espessura da pele, etnia e necessidades reais do paciente. “Tratar a pele é entender suas camadas. A camada muscular exige uma abordagem, a derme outra. Não adianta fazer tudo com um único equipamento. O segredo está na combinação estratégica”, explica.
O ultrassom microfocado, por exemplo, atua na camada muscular, promovendo um ancoramento profundo e estimulando colágeno nas estruturas mais superficiais. Já os bioestimuladores de colágeno têm papel essencial no fortalecimento da derme, oferecendo um resultado progressivo, natural e duradouro. Para a camada mais superficial, Natália utiliza tecnologias como o Oligio X, uma radiofrequência coreana de última geração, indicada especialmente para peles finas e sensíveis.
Outro recurso frequentemente usado pela médica são os lasers, em especial o de picossegundos, que aliam clareamento de manchas, tratamento de melasma e estímulo de colágeno sem causar aquecimento excessivo — o que evita efeitos rebote em peles mais pigmentadas, como as orientais. “Como dermatologista, tenho muitos pacientes asiáticos. A pele oriental exige um cuidado específico, porque pigmenta com mais facilidade. Por isso, estudo muito antes de indicar qualquer tratamento”, reforça.

Informação, prevenção e diagnósticos precisos
Na frente clínica, Natália destaca a importância da prevenção e do diagnóstico correto, especialmente nos cuidados com pele e cabelos. A médica chama atenção para o uso inadequado de cosméticos, modismos digitais e o excesso de suplementações sem orientação profissional. “Muita gente segue a blogueira do momento e acaba agravando um quadro de rosácea ou de oleosidade. Já vi pacientes tomando vitaminas que nem precisavam, o que pode ser prejudicial. Informação não é sinônimo de conhecimento”, alerta.
Ela reforça também os cuidados com a queda capilar, tema que gera ansiedade em muitos pacientes. “Lavar os cabelos todos os dias não faz mal para todo mundo. Depende do tipo de fio e oleosidade. Mas o autodiagnóstico e o uso errado de produtos pioram muito o quadro”, explica.
A dermatologista destaca ainda que muitas queixas comuns, como acne e melasma, exigem avaliação criteriosa. “Às vezes, o que parece espinha é rosácea. Ou o que se pensa ser uma mancha, é um quadro mais complexo. É por isso que a consulta deve ir além da estética”, complementa.
Consultório humanizado e presença digital consciente
Diante de um cenário cada vez mais impactado pela tecnologia, ela também reflete sobre os limites da inteligência artificial na medicina. “A IA já é realidade em muitas áreas da Medicina. Mas no nosso campo, o contato humano é insubstituível. O paciente não quer ser atendido por um robô. Ele quer ser ouvido”, afirma.
A fala ganha ainda mais força no contexto atual, em que muitos pacientes procuram os consultórios também por um espaço de escuta emocional. “Alguns vêm com uma queixa física, mas o que precisam mesmo é de um momento para falar, para se sentirem cuidados”, revela.
Essa escuta também se estende ao ambiente digital. Suas redes sociais têm se tornado uma extensão do consultório. Ali, além de explicar procedimentos e desmistificar tendências, ela compartilha momentos da rotina, dúvidas comuns, bastidores e experiências pessoais. “As pessoas se conectam comigo por quem eu sou, não só pelo que eu faço. E quando elas chegam ao consultório, sentem que já me conhecem”, comenta.
Educação médica e futuro
Ainda que o presente esteja centrado em atendimentos personalizados e tecnologia de ponta, Natália já mira o futuro. Um de seus objetivos é ampliar sua atuação no ensino de dermatologistas, com foco tanto em procedimentos quanto na construção de um consultório saudável e de longo prazo.
“No começo, ‘ralei’ muito. O mundo é cruel e nem todos que sorriem para você querem o seu bem. Errei, aprendi, e gostaria de ter tido alguém para me orientar. Hoje, gostaria de compartilhar essa vivência com outros médicos”, conta.
Ela também destaca a importância da equipe que formou ao seu redor: “Não se chega longe sozinho. A humildade, o respeito e a empatia são valores que carrego e faço questão que estejam na minha equipe. Confiança mútua é tudo.”
Autocuidado como prioridade
Cuidar da própria saúde, para Natália, é um ato de responsabilidade e amor próprio. Em tempos de correria, sobrecarga e prioridades externas, ela relembra: “A Natália do futuro vai agradecer pela Natália que está se cuidando hoje. Não é só a pele, é o seu bem-estar. E não existe nada mais importante do que cuidar da sua própria saúde”, ressalta.
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