Com atuação em Campinas, interior de São Paulo, especialista transforma o cuidado a pacientes com inovação e escuta ativa
A neurologia exige precisão técnica e constante atualização. Para o neurologista e neurofisiologista Alexandre Motta, formado pela Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo, essa prática é mais do que uma ciência. “É uma arte que combina tecnologia, humanização e conhecimento profundo sobre o sistema nervoso”, diz.
Desde os primeiros passos na carreira, percebeu que o sucesso não se limita a exames ou medicamentos. “Nada seria possível sem o apoio da minha família, amigos e, principalmente, da minha esposa, Isabeli Miyoshi. Essa base me deu força para trilhar minha jornada e me dedicar ao cuidado do outro”, destaca.
Atualmente também coordena o Ambulatório de Neuroinfectologia da Unicamp, onde atende casos como complicações neurológicas decorrentes de infecções. “Muitas vezes, pacientes com HIV ou meningite apresentam sintomas severos. Nosso papel é identificar as causas, oferecer tratamento adequado e ensinar as próximas gerações a lidar com esses casos delicados”, explica.
Ele se destaca pela adoção de recursos avançados, como a ressonância magnética funcional e a eletroneuromiografia. “São indispensáveis no diagnóstico de doenças neuromusculares, estes métodos permitem análises estruturais e funcionais, oferecendo insights detalhados sobre o estado do cérebro e dos nervos periféricos. Antes, avaliávamos apenas alterações físicas. Hoje, conseguimos identificar problemas, o que é essencial para tratar patologias como esclerose múltipla e demências”, conta.
A utilização da toxina botulínica, tradicionalmente associada à estética, também é aplicada para assistir condições como espasticidade e bruxismo. “Ela reduz dores e melhora a qualidade de vida. Na espasticidade, por exemplo, relaxa os músculos rígidos, facilitando a fisioterapia e a reabilitação”, narra.
Motta vê a educação como uma ferramenta indispensável, por isso utiliza as redes sociais para compartilhar seus conhecimentos. “Muitos chegam ao consultório com dúvidas e medos que poderiam ser reduzidos com boa informação. Explicar que nem todo esquecimento é Alzheimer ou todo tremor é Parkinson, é parte do nosso papel. No caso das enxaquecas, é importante identificar os gatilhos e adotar medidas preventivas, que incluem mudanças no estilo de vida e intervenções farmacológicas. Instruir sobre isso transforma completamente o bem-estar”, analisa.
Apesar do enfoque técnico, ele acredita que a base de todo diagnóstico está na escuta ativa. “Compreender as histórias é indispensável. Muitas vezes, é a partir do relato detalhado que identificamos o problema. Esse vínculo é o que torna a neurologia tão única. É gratificante quando o paciente diz que se sentiu ouvido. Isso mostra que estamos no caminho certo e que, além de tratar doenças, estamos zelando pelas pessoas”, fala.
“Atividade física regular e estimulação cognitiva, como aprender algo novo ou realizar leituras desafiadoras, são medidas fundamentais para preservar as conexões cerebrais. Os avanços no reconhecimento precoce, possibilitados pela modernidade, retardam a progressão das enfermidades. Embora não possamos curar a demência, podemos desacelerar sua evolução”, completa.
Para o futuro, planeja expandir sua atuação. “Desejo manter minha contribuição acadêmica, formando profissionais que compartilhem minha visão de equilíbrio entre ciência e humanização. O futuro da neurologia está na combinação de precisão técnica e cuidado humano. Quero continuar me desenvolvendo para atender cada vez melhor”, finaliza.
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