Ator de 'Mulheres Apaixonadas' morreu após passar mal nos bastidores; esposa faleceu seis meses após o marido
Quem está assistindo a novela Mulheres Apaixonadas pode matar a saudade do ator Umberto Magnani, um dos destaques da novela exibida pelo Vale a Pena Ver de Novo. Ele sempre foi um dos atores mais queridos pelo autor da trama, Manoel Carlos.
Vivendo o complexo Argemiro, pai de Edwiges (Carolina Dieckmann) e Expedito (Rafael Calomeni), ele ainda atuou por mais de uma década após o papel. O ator morreu em 2016 após se sentir mal durante as gravações daquele que foi seu último papel como ator.
Em 25 de abril de 2016, Umberto Magnani precisou ser afastado às pressas da novela Velho Chico quando sofreu um acidente vascular encefálico no dia em que comemorava seu aniversário de 75 anos. Ele interpretava um padre na trama e foi levado para o hospital.
Ele foi atendido e submetido a uma cirurgia de emergência já durante a madrugada. O ator, porém, não resistiu ao pós-operatório e acabou falecendo apenas dois dias depois, gerando uma onda de homenagens do elenco da novela.
O drama da família Magnani não se esgotou por aí: seis meses depois foi a vez de Cecília Magnani, viúva do ator, morrer após complicações provocadas por uma pneumonia. Os dois eram muito ligados e inseparáveis durante as cinco décadas em que estiveram casados. Ao longo da vida, os dois tiveram três filhos: Beto, Maria Luiza e Graciana.
Natural da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo, o ator conquistou uma longa carreira na TV. Estreou ainda na TV Tupi na primeira versão de Mulheres de Areia (1973). Foi grande parceiro do autor Manoel Carlos em novelas como Felicidade (1991), História de Amor (1996) e Páginas da Vida (2006). No teatro, o ator estrelou textos consagrados, como na montagem no Teatro de Arena da peça Primeira Feira Paulista de Opinião, de Lauro César Muniz.
O ator também ocupou cargos públicos. Entre 1977 a 1990, ele ocupou a diretoria regional da Fundação Nacional de Artes Cênicas, do Ministério da Cultura. Em 1985 foi presidente da Comissão de Teatro da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.