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Novelas / DIA DA MULHER

Duca Rachid fala sobre mudanças nas novelas: 'Não engolem mais aquela mocinha submissa'

Em entrevista à CARAS Brasil, Duca Rachid enaltece a importância do Mês das Mulheres ao analisar as mudanças nas narrativas de novelas atuais

Júlia Wasko
por Júlia Wasko
jwasko@perfilbr.com.br

Publicado em 31/03/2025, às 11h27

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Duca Rachid fala sobre as mudanças de narrativas em novelas atuais - Reprodução/Memória Globo
Duca Rachid fala sobre as mudanças de narrativas em novelas atuais - Reprodução/Memória Globo

Conhecida por criar inúmeros folhetins de sucesso, como O Profeta (2006), Cama de Gato (2009), Cordel Encantado (2011) e Joia Rara (2013), Duca Rachid (63) falou sobre a importância do Mês das Mulheres. Enquanto continua escrevendo enredos de sucesso, a autora não deixa de analisar as mudanças nas narrativas de tramas atuais, principalmente em papéis de mulheres. Em entrevista à CARAS Brasil, a escritora comentou sobre o papel de "mocinhas" nas novelas.

"Apesar de você estar trabalhando com novela de época e de você ter que manter alguma verossimilhança, você tem que ser fiel a algumas questões de comportamentais de época e tal, você tem que criar um canal de comunicação com o mundo atual, com um telespectador atual. Então assim, eu acho que as mulheres hoje, elas não engolem mais aquela mocinha submissa, totalmente submetida ao amor romântico", explicou.

"Eu acho que a gente tem que pensar nisso, tem que pensar nessas mulheres. Então, acho que a tendência mesmo é a gente falar de mulheres que têm atitude, né? De mocinhas que não só reagem à ação de uma vilã e tal, mas que vão à luta assim, em busca dos objetivos. A gente tem que fazer essa ponte com o movimento feminista, com o movimento de mulheres, com as reivindicações dessas mulheres. Não dá para ignorar isso", acrescentou.

"Eu acho que a gente como autora de novela, tem que estar consciente de que a gente tem alcance de um público muito grande. E novela é sim, no país como o nosso que tem poucos leitores, que as pessoas têm pouco acesso à cultura, novelas formam sim opinião, novela informa. E eu acho que a gente tem que ter consciência desse papel", concluiu.

A autora ainda falou sobre sua escolha de colocar político em suas obras: "Não entendo trabalhar, escrever uma novela, que não tem um propósito (...) Eu sempre falo de temas que me incomodam, me inquietam".

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