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Ator de Vale Tudo morreu após encarar luta contra câncer no intestino

Laudelino na primeira versão de Vale Tudo, Ivan de Albuquerque morreu aos 69 anos por complicações de um câncer no intestino

Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin
por Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin
bvieira@perfilbr.com.br

Publicado em 01/04/2025, às 07h30 - Atualizado às 15h54

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Cena original de Vale Tudo - Reprodução/Globo
Cena original de Vale Tudo - Reprodução/Globo

Na primeira versão de Vale Tudo (1988), o ator Ivan de Albuquerque interpretou o português Laudelino, marido de Aldeíde, vivida por Lilia Cabral(67) — papel agora nas mãos da talentosa Karine Teles (46). Apesar de não ter muito tempo de tela, o personagem teve um impacto significativo na trama ao falecer subitamente e deixar uma fortuna para sua esposa. Nos bastidores da vida real, no entanto, Ivan enfrentou uma batalha ainda mais desafiadora: o câncer no intestino. O ator morreu aos 69 anos após encarar luta contra a doença.

Carreira marcada pelo teatro

Antes de brilhar na televisão, Ivan construiu uma sólida carreira no teatro brasileiro. Formado na Fundação Brasileira de Teatro (FBT), o ator e diretor foi um dos grandes nomes da dramaturgia nacional. Em parceria com Rubens Corrêa (1931-1996), fundou o Teatro do Rio e, posteriormente, o icônico Teatro Ipanema, palco de inovações e experimentações artísticas.

Ao longo de sua trajetória, dirigiu peças memoráveis como O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchekhov, que lhe rendeu o Prêmio Molière de Melhor Direção. Também foi responsável por montagens revolucionárias, como O Arquiteto e o Imperador da Assíria, de Fernando Arrabal, e O Beijo da Mulher Aranha, de Manuel Puig, considerada um marco do teatro brasileiro.

Reconhecimento e os desafios

Com uma carreira consagrada, Ivan ajudou a formar grandes nomes da dramaturgia nacional, como José Wilker(1944-2014) e José de Abreu (78). Sua abordagem teatral era marcada pelo equilíbrio entre a segurança técnica e a abertura para novas linguagens. No entanto, a partir dos anos 1980, o diretor e sua equipe enfrentaram desafios para manter o Teatro Ipanema em atividade, devido às dificuldades do mercado e às mudanças nas expectativas do público.

Além do teatro, Ivan também teve presença marcante na televisão e no cinema. Seus últimos trabalhos incluíram os filmes O Trapalhão e a Luz Azul (1999) e Orfeu (1999), além da novela Zazá (1997). Mesmo com uma despedida precoce, sua influência no teatro e na TV segue viva na memória de quem acompanhou sua trajetória.

Ivan de Albuquerque em Explode Coração - Reprodução/Globo
Ivan de Albuquerque em Explode Coração - Reprodução/Globo

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