Durante o especial CARAS Inverno, a cantora Mariana de Moraes revelou detalhes sobre carreira e refletiu sobre a indústria musical
Prestes a completar 40 anos de carreira, a atriz e cantora Mariana de Moraes (53), confessou que não se interessa em ser reconhecida como compositora. Em participação no especial CARAS Inverno, a neta de Vinícius de Moraes (1913-1980) destacou que prefere dar voz a compositores brasileiros. "Não dá para forçar", declarou.
"O Brasil é um país de compositores extraordinários, você vai no show da Bethânia, você consegue ouvir 20 músicas de 20 pessoas extraordinárias. Eu tenho uma voz bonita e sou apaixonada por composições, aí eu fico pensando: 'Pô, eu vou fazer uma música, talvez, medíocre? E quem vai cantar as músicas dessas pessoas?'", desabafou.
A artista completou dizendo que não se sente pressionada a apresentar canções originais ao público, já que fica mais à vontade apresentando composições que a emocionam e que as pessoas precisam conhecer.
"Tudo tem uma função. Entender que existem papéis na vida e esse papel de intérprete, eu adoro. Eu fui atriz e como cantora, eu conheço muito repertório, por causa da minha família. Só meu avô tem umas 500 músicas extraordinárias", disse.
Apesar de não gostar de exercer o papel de compositora, Mariana contou que chegou a escrever algumas canções, mas não foi algo que lhe agradou: "Fiz umas músicas bonitinhas, mas não é uma coisa que me chama. Aí eu vou forçar a barra porque eu quero ficar rica? Porque o autor ganha mais do que o cantor, porque ele é dono da música".
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A famosa, que já estrelou novelas como Olho por Olho e Vale Tudo, apontou que o preço da fama e do dinheiro, às vezes, vem acompanhado da baixa qualidade e ela não compartilha do mesmo interesse que certos artistas. "Tem muita gente compondo músicas mais ou menos, da minha geração e de outras, que estão muito bem, com dinheiro, mas não vão durar e fazer 110 anos como o Vinícius. É uma coisa passageira, não se iludam. Pode ser a pessoa mais famosa do mundo, mas não se iludam. E eu acho válido", disparou.
"Eu não faço nada por dinheiro. Adoro dinheiro, acho que as pessoas precisam ser bem pagas, mas não dá para forçar uma barra por isso. Acho que é muito importante tentar, pelo menos quem pode, fazer o que gosta. Muitas vezes eu trabalho de graça, porque é uma coisa que eu gosto muito", finalizou.