Hoje com 21 anos, Jacarezinho é ator e se diverte em ser reconhecido por fãs do grupo Mulekada. 'Tem gente que pede pra ver se meus dentes nasceram'
Quinze anos se passaram desde que três crianças conquistaram o público em uma versão infantil e super fofa do grupo É o Tchan. Kleber Ramos tinha apenas cinco anos quando virou o ‘Jacarezinho’ e dez quando o grupo Mulekada chegou ao fim, em 2003. Mas o apelido ficou. Assim como a paixão pelas artes. Hoje com 21 anos, ele está concluindo a faculdade de artes cênicas e roda o Brasil com peças teatrais.
Em bate-papo com CARAS Digital, ele conta que a companhia das amigas Julyana Lee (a loirinha) e Tatiana Ruiz (a morena) é o que mais sente falta da época em que fazia sucesso na infância. “Eu gostava da companhia das meninas, a gente fez uma amizade legal pra caramba, viaja muito juntos. Agora eu continuo viajando e nos palcos. O que mudou é que não estou mais ao lado delas”, explica. “A Tati mora em Curitiba, ela foi me assistir lá com uma peça, nos encontramos no final e ela até chorou”, conta. Já Julyana, que mora em São Paulo, é sua amiga pessoal.
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Kleber começou a estudar teatro ainda no Mulekada e continuou na TV após o término do grupo, mas como apresentador do programa Patrulha Nick, da Nickelodeon. “É diferente porque antes era uma carreira musical, mas foi mais um trabalho. Sou de aquário, gosto de mudança, de novidades”, diz o ator, que também comandou o Programa Detonando no canal NGT e recentemente fez uma participação na novela Sangue Bom, da Globo.
“Fiz um monte de coisas depois do grupo, mas o que a galera mais lembra é do Mulekada. Não sei por que, mas as pessoas acham que eu não vou crescer. Tem gente que pede pra ver se meus dentes nasceram”, conta aos risos – ele ficou banguela quando estava no grupo. “Falam que não mudei muito, não sei se isso é bom, mas é engraçado”.
Hoje em dia Kleber integra a Cia Variante de teatro e está em cartaz com a peça infantil The Ratos. Em breve deve estrelar também um espetáculo inspirado em contos de Clarice Lispector. Já a dança, só nos momentos de lazer. “Continuo dançando, mas não mais profissional, só por hobby. Treinando para não perder o costume”, diz. “No ano passado, o Jacaré veio dar uma aula de axé em São Paulo e eu fui dançar com ele. Foi legal pra caramba. A gente conversa pela internet, não tem como perder o contato”.
O amor pela dança vem praticamente do berço. “Tem uns DVDs da família e eu ficava dançando nas festas. É bonitinho porque eu era meio sério, mas ficava dançando. Acho que já estava escrito para ser isso”, acredita. “Eu sou um pouquinho exibido, quando vou a festas normalmente eu danço e chamo atenção”, confessa bem humorado.
Sua meta é se manter fazendo o que mais gosta - sempre na vida artística. “Quero fazer arte, não importa se é circense, dramática. Fazendo o que eu gosto pode ser no palco, TV, nas telonas...”, diz. “Agradeço o pessoal que me apoia. É meio eterno, engraçado. A gente vira amigo dos fãs. Aliás, eu não tenho fã, tenho vários amigos, tenho carinho por eles e eles por mim”.