Em entrevista à revista CARAS, Daniela Mercury revisitou carreira e relembrou como foi conquistar o mundo após disco de sucesso
Comemorando 30 anos do disco O Canto da Cidade, responsável por apresentar diversos hits do axé music, a cantora Daniela Mercury (58) não tem dúvidas que ela é uma sobrevivente do gênero que representa. Em entrevista à revista CARAS, a artista abriu uma reflexão sobre como a música baiana permanece viva nos corações dos brasileiros.
"Meus discos dos anos 1990 deram a base para esse novo gênero que era o axé. No fim da década, a nova geração explode pelo Brasil com Cheiro de Amor, Banda Eva, Araketu... Ivete Sangalo segue crescendo nos anos 2000 e depois temos Claudia Leitte e Saullo. Cada geração vai criando novas camadas no gênero. Fizemos muitos filhotes", disse a esposa de Malu Verçosa (47).
Daniela ainda aproveitou para relembrar o quanto sempre foi uma personalidade ativa na indústria, sendo uma das primeiras brasileiras a conquistar sucesso internacional com turnês sem apoio financeiro. "Fiz mais de 700 shows fora do Brasil", declarou ela, que completou: "A partir do momento que um artista vai, as outras gerações têm a porta aberta para as suas carreiras".
A mãe de Giovana e Gabriel continuou relembrando como teve que enfrentar situações de preconceito no início da carreira, como ser desencorajada enquanto artista ao se lançar em um gênero que ainda estava engatinhando.
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"O Canto da Cidade é um canto de mulher nordestina, que muitos duvidaram se seria capaz de sustentar uma carreira. Será que se eu fosse homem também duvidaram que eu desse conta de tantas coisas?", questiona.
Com 40 anos de carreira e quase 60 de idade, Daniela se inspira na trajetória de Madonna ao analisar seus feitos. "Vejo a Madonna dizer que é uma artista que sobreviveu. Eu também sobrevivi diante de desafios e dúvidas constantes. A reputação que consegui fora do nosso País foi muito importante para manter a minha carreira aqui. Eu gostaria de fazer tudo! Sou muito jovem", finaliza.