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'É na instabilidade que você se descobre', diz Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso

A banda lança em abril a nova turnê e planeja levar para a estrada a estrutura de gravação do DVD 'Sorriso Eu Gosto'

Kellen Rodrigues Publicado em 26/02/2015, às 14h29 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso Maroto - Renato Rocha Miranda/Globo
Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso Maroto - Renato Rocha Miranda/Globo

Depois de exaltar as gordinhas com Fofinha Delícia, o Sorriso Maroto decidiu homenagear novamente suas musas inspiradoras – as mulheres – com a romântica 1 metro e 65. A música integra o álbum Sorriso Eu Gosto – Ao Vivono Maracãnazinho e marca a volta do grupo às letras de amor após o estouro da apimentada Instigante, trilha de Robertão (Rômulo Neto) em Império.

E para 2015 os fãs podem esperar grandes novidades. A banda planeja levar para a estrada a estrutura da gravação do DVD, fazendo shows de grande porte nas capitais.

Prestes a sair de férias antes da nova turnê, o vocalista Bruno Cardoso contou os projetos do grupo e confessou que até hoje - com 17 anos de banda - ainda bate um friozinho na barriga ao subir no palco. Falou também sobre o ciúme e as loucuras feitas por fãs e como encontra tempo para namorar.

Confira!

- Com '1 metro e 65' o Sorriso quis voltar ao romantismo do passado?
Essa música é 100% feminina. É uma declaração de amor por uma ótica masculina. A gente queria chamar a atenção dos casais de alguma forma. A música passa por um lado lúdico, o cara teve um sonho e teve clique de repensar o relacionamento. É uma forma que a gente encontrou de falar de um tema corriqueiro, o amor, mas buscou da melhor ‘forma Sorriso Maroto’. Temos um passado muito romântico. O clipe dessa música tem toda uma plástica, é um dos momentos que eu acho mais incríveis de luz, de cena, o palco toma uma forma muito bonita. Um número que me seduz muito.

- Você se identifica com a letra?
Sim, eu acredito muito nisso. Eu seria capaz de sonhar realmente e achar que estou perdendo a minha mulher por falha minha, por de repente não ter falado ‘eu te amo’ na hora certa, de não demonstrar meu carinho. Ela trata de um assunto que é muito fácil de se visualizar nessa letra. São uns cliques que dão ‘vou surpreender de alguma forma’. Eu sou esse tipo de cara.

- Vocês lançaram o novo DVD e o que vem agora?
A gente está entrando em uma fase de construção da turnê Sorriso Eu Gosto. Começa no mês de abril por Recife, depois São Paulo e por aí vai... Queremos fazer praticamente todas as capitais com a mesma estrutura do DVD e levar shows menores em cidades do interior. Vamos seguir na estrada em tamanhos variados, indo com força total.

- O Sorriso participou do workshop da próxima novela das sete, I Love Paraisópolis. Vem mais trilha de novela por aí?
A gente foi fazer pocket show para a direção da novela, atores... Foi com o Apollo e banda Uó. Estamos trabalhando duro pra isso. Sem dúvida o 'Papai' (trilha de Avenida Brasil) foi uma grande abertura de portas, deu uma visibilidade para o Sorriso muito interessante. A da Fofinha (trilha de Amor à Vida) já foi um pedido feito para nós. As coisas começaram a funcionar dessa forma: abriu essa condição da gente estar sempre apresentando esse material, sendo sempre lembrado. Assim como vários artistas, mandamos material e estamos aguardando. Mas música para novela parece que é meio um teste de público: o público tem que curtir o personagem, a trilha do personagem.

- O Sorriso apresentou uma edição do Sai do Chão – passou de convidado a apresentador. Pegou gostinho por apresentar?
A gente tomou um susto, não imaginava. Fazemos nosso trabalho focado em show, rádio. Não imaginávamos que a gente tinha despertado nesse pessoal a possibilidade de ser apresentadores. Eu particularmente adorei a sensação de me testar nessa função. Se vier outras eu topo! Curti, é diferente. Eu gosto de ser desafiado em algumas coisas da minha profissão. Gosto de estar no palco, ver como funciona. Tocamos com o Roupa Nova, uma referência para nós, e a gente virou meio que brother. De uma total insegurança virou uma parceria enorme.

- Depois de 17 anos na banda ainda tem alguma coisa que te dá friozinho na barriga?
O palco sempre dá. Tem shows que têm uma química diferente. Em festival tem muito disso. Quando você mistura muitas tribos, você não sabe como o público vai reagir com o teu som. A gente adora essa sensação, é bom ser puxado para a Terra. Essa coisa de você conquistar um território dá um gás muito grande. As pessoas ainda não conhecem 100% o nosso repertório e são nessas instabilidades que você se descobre, lembra do barzinho do começo, isso tudo passa na cabeça.

- Além dos trabalhos com o Sorriso você tem uma produdora, trabalha com vários artistas e vive mostrando fotos de reuniões de madrugada... Você dorme?
Eu durmo em horários alternativos (risos). A gente está numa reta final antes de sair de férias, acabamos de finalizar o CD do Mumuzinho e o CD do Diogo Nogueira na produtora US3. De quinta a domingo estou na estrada, segunda dou uma descansada merecida, depois eu pego no tranco.

- E como fica a vida pessoal?
Nessas horas acaba ficando em terceiro plano. A gente vai tentando organizar uma saidinha pra jantar, cineminha, encontrar amigos... Vai tentando viver dentro das condições do meu trabalho. Mas sou feliz desse jeito, minha profissão tem essa instabilidade, por isso meu show tem que me divertir, tem que me saciar também na ausência dos amigos, familiares, da minha mulher e futuramente dos filhos. Tenho que tentar conciliar na contramão do povo. Segunda-feira é meu final de semana.

- Você sempre foi super discreto sobre sua vida pessoal, mas recentemente você falou sobre seu relacionamento com Isabella em entrevista ao jornal O Dia. Como as fãs reagiram?
Foi super positivo, até surpreendente. Eu sempre me reservei muito quanto a isso. Ali foi uma oportunidade de desmistificar... eu vivo uma vida normal como todo mundo. Não tenho nenhum tipo de benefício por ser cantor. Tenho casa, família, mãe, namorada... vou ao supermercado, farmácia, banco... Nunca vi na minha condição necessidade de mostrar ou falar de familiares, isso não acrescenta em nada no meu trabalho. Minha vida artística é o foco. E minha família não pretende ser famosa.

- Mas não bateu uma ciumeira?
Isso é muito da idade, da ilusão que a gente passa que vive num mundo completamente estrelado. É pura empolgação. Tem a coisa da paixão platônica do fã... são elas que vão no show, que cantam com a gente, é supersaudável e a gente adora. Mas não entendo alguns excessos de loucura, como fazer tatuagem.

- Qual a coisa mais doida que algum fã já fez por você?
Tatuar o meu rosto. Você tatuar uma pessoa, como seu pai ou sua mãe, é justificável. Apesar de ter meus ídolos acho que não chegaria nesse estágio, é meio assustador. Eu sempre falo que não sei se eu, Bruno, sou merecedor disso. Eu fico chocado (risos). Se eu pudesse aconselhar eu diria: não faça!