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Beyoncé fala sobre polêmica do clipe 'Formation': 'Sou contra a brutalidade e injustiça da polícia'

Beyoncé disse que não fez o clipe para incentivar um movimento 'anti-polícia', mas contra algumas atitudes da polícia norte-americana que enfrenta protestos por casos de jovens negros assassinados sem motivo

CARAS Digital Publicado em 07/04/2016, às 12h05

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Beyoncé - Reprodução
Beyoncé - Reprodução

Dois meses depois de ter lançado o clipe Formation, que causou polêmica nos Estados Unidos por fazer críticas à polícia norte-americana, a cantora Beyoncéfinalmente deu uma entrevista para falar sobre a repercussão do vídeo - grupos de policiais chegaram a fazer protestos em um show dela em Miami. Queen B garantiu que admira os policiais, mas é contra os casos de violência gratuita contra jovens negros que tem acontecido com frequência no país - em novembro do ano passado, por exemplo, um vídeo mostrou um policial executando com 16 tiros um jovem que não portava nenhuma arma de fogo. 

"Eu sou uma artista e acho que a arte mais poderosa é normalmente incompreendida. Mas qualquer um que ache que minha mensagem é contra a polícia está completamente errado", disse ela à revista americana Elle. "Eu tenho muita admiração e respeito pelos policiais e pelas famílias dos policiais que se sacrificam para nos manter a salvo. Mas vamos ser claros: Eu sou contra a brutalidade e a injustiça da polícia. Isso são coisas separadas", explicou. 

Beyoncé também foi criticada por assumir a causa do movimento negro e levantar bandeira durante sua apresentação na final do SuperBowl, que é o evento televisivo mais assistido no mundo. "Se celebrar minhas raízes e cultura durante o mês da história negra fez alguém se sentir desconfortável, esses sentimentos vieram bem antes de um vídeo e bem antes de mim", resumiu. "Eu tenho orgulho do que criamos e orgulho de fazer parte desta conversa que está empurrando as coisas para a frente de um jeito positivo", disse. 

Nos últimos anos, Beyoncé tem se envolvido mais com o ativismo de causas diferentes. Durante sua última turnê, ela defendeu a causa feminista, mas agora ela afirma que não quer se limitar a estes títulos. "Eu não gosto ou abraço nenhum rótulo. Eu não quero me chamar de feminista para parecer que esta é minha única prioridade, sobre racismo ou sexismo ou qualquer coisa. Estou cansado de rótulos e de ser colocada em uma caixa. Se você acredita em direitos iguais, que do mesmo jeito que a sociedade permite um homem expressar sua escuridão, sua dor, sua sexualidade, sua opinião... Eu acho que a mulher tem o mesmo direito", comentou. 

"Eu espero que eu possa criar arte que ajude as pessoas a se curarem. Arte faz as pessoas se sentirem orgulhosas de suas batalhas. Todo mundo experimenta a dor, mas às vezes você precisa se sentir desconfortável para transformar", falou.