Caíque Gama fala sobre o hiato da banda, a saída de Nathan e a amizade com Paulo Castagnoli
A banda Fly, de Caíque Gama e Paulo Castagnoli, lança nesta sexta-feira, 18, o EP Somos Um nas plataformas digitais. O lançamento marca a volta da banda após uma pausa desde novembro passado.
"Ficamos quatro anos direto na estrada, essa pausa foi um período muito importante para reformular: éramos uma boy band e passamos a ser uma dupla", explica Caíque, referindo-se a saída de Nathan. Segundo ele, as músicas agora refletem cada vez mais a identidade da dupla. "Nós somos românticos, gostamos de colocar nas músicas coisas que a gente vive", conta.
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Produzido por Marcelinho Ferraz e Pedro Dash, o novo álbum traz as canções Traicionera (feat. Sebastian Yatra), lançada em junho pela Universal Music, e Pele Morena, além das inéditas Mais Um Verão, Segue em Frente e Somos Um. "Estamos mais maduros como pessoas e profisisonais. Estamos crescendo e nossos fãs também. Nossa música terá cada vez mais a nossa cara".
Confira o bate-papo com o cantor:
- Como foi esse período de pausa?
Lançamos uma música em novembro de 2016 e ficamos parados desde então. Foi um tempo bem importante, ficamos quase quatro anos direto na estrada. Foi importante para reformular: éramos uma boy band e passamos a ser uma dupla. Estudando instrumentos, produzindo algumas coisas para entrar em estúdo com uma cabeça mais profissional mesmo. Até então a gente escrevia as músicas e o produtor fazia os arranjos. Estamos mais maduros como pessoas, estamos crescendo e nossos fãs também, isso acontece naturalmente.
- O que mudou na música de vocês?
Nossa música vai ter cada vez mais a nossa cara, até por autoconhecimento, a ideologia que a gente quer passar. Com certeza cada vez mais a nossa identifidade. Eu e o Paulo sempre fomos mais próximos, acho que agora estamos mais ainda.
- O que quer dizer com "nossa cara"?
Nós somos românticos, gostamos de colocar nas músicas coisas que a gente vive, mais focado em relacionamento, tanto o lado positivo quanto o negativo. Somos românticos, não dá pra fugir muito.
- A versão de Traiçoneira foi inspirado em experiências de vocês?
Escrevemos baseados em coisas que a gente viveu. Faz parte da vida, a gente tem que ter uma decepção amorosa para valorizar o certo depois. Fizemos a versão em português, não tradução. Ficamos muito felizes quando a gente recebeu o convite porque já conhecíamos a música do Sebastian Yatra. É nossa primeira parceria internacional e agora estamos com gravadora. É uma realização profissional e pessoal.
- Trabalhar com amigo é mais fácil? Rola briga entre vocês?
Acho que qualquer relacionamento é complicado, até familia, quando você está trabalhando, convivendo. Mas nossa relação é saudável e existe maturidade, pelo bem do negócio. A gente sempre foi muito transparente e sempre aceitou a opinião dos outros. Por isso conseguimos passar por dois momentos de mudança no projeto. A gente se parece muito em gosto musical, artístico. Sempre fomos muito mais amigos por ter uma ideologia parecida. Ele é meu melhor amigo, isso sempre ajudou muito.
- E como está a relação com o Nathan?
A gente não se fala, mas não teve briga, é questão de amizade mesmo. Conversamos quando ele falou que queria sair da banda, até porque todo mundo tem que estar envolvido para um projeto dar certo. Ele foi muito transparente e desejamos o melhor pra ele, que é muito talentoso.
- Você já deu declarações que renderam muita polêmica. Hoje em dia filtra mais o que falar?
Entrei na banda com 17 anos, é uma questão de maturidade como pessoa, cresci na internet. A gente vai vendo que passa a ser formador de opinião. Precisamos passar por algumas coisas para aprender, dar aquela calejada. Vamos acertando, errando, e ficando cada vez mais maduros mesmo.