Em evento patrocinado pela Hugo Boss, o humorista Russell Brand fez piada com a relação da marca com o nazismo de Adolf Hitler
CARAS Online Publicado em 06/09/2013, às 09h09 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
O humorista britânico Russell Brand foi expulso do prêmio GQ Men of the Year na terça-feira, 3, após ter feito uma piada considerada ofensiva pelos organizadores do evento, que era patrocinado pela marca Hugo Boss. O ex-marido de Katy Perry disse no palco: “Se alguém aqui sabe um pouco sobre história e moda, vocês saberiam que Hugo Boss fez os uniformes dos nazistas... Mas eles pareciam fantásticos, vamos admitir, enquanto estavam matando pessoas por causa da sua religião ou sexualidade”.
O editor-chefe da GQ britânica chamou imediatamente o humorista e disse que o comentário dele foi “muito ofensivo” para a marca. Russell contou no Twitter que respondeu: “O que Hugo Boss fez foi muito ofensivo aos judeus”.
A postura de Russell foi criticada pela imprensa britânica. Principalmente porque o humorista usou uma jaqueta da marca Hugo Boss há menos de seis meses. Além disso, Hugo Ferdinand Boss, fundador da marca que morreu em 1948, já declarou ter feito os uniformes para Adolf Hitler apenas para tentar salvar sua empresa.
Em 2011, a marca lançou o livro Hugo Boss, 1924 – 1945: Uma Fábrica de Roupas entre a República de Weimar e o Terceiro Reich. A publicação revelou que a confecção do estilista empregava mão de obra forçada durante a Segunda Guerra. No mesmo ano, a grife de Hugo Boss, que já foi chamado de alfaiate de Hitler, pediu desculpa aos funcionários em seu site oficial. "A empresa também lamenta profundamente por aqueles que sofreram ofensas e passaram por dificuldades na fábrica dirigida por Hugo Ferdinand Boss sob o jugo do nazismo", dizia o texto.
"A verdadeira história de Hugo Boss, sua empresa e sua relação com os nazistas, é um pouco menos simples do que Russell Brand quer que seja”, diz o DailyMail.
