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DADO DOLABELLA

GALÃ CONFIRMA O FIM DA RELAÇÃO COM LUANA, MAS DIZ QUE AINDA CRÊ NO AMOR

Redação Publicado em 14/03/2007, às 11h24 - Atualizado em 14/10/2019, às 17h33

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Na Ilha de CARAS, o ator e cantor declara que mudou. Está mais tranqüilo. Grava seu segundo CD e diz que a solidão o inspira. Admite ter tido uma recaída com a ex, mas que são só amigos
Na Ilha de CARAS, o ator e cantor declara que mudou. Está mais tranqüilo. Grava seu segundo CD e diz que a solidão o inspira. Admite ter tido uma recaída com a ex, mas que são só amigos

por Luciana Marques Com fama de Don Juan pelo extenso currículo amoroso, que inclui nomes como os de Wanessa Camargo (24), Adriane Galisteu (33), Deborah Secco (27) e Luana Piovani (30), Dado Dolabella (26) hoje parece estar mais sossegado. Solteiro desde o fim do tórrido romance de oito meses com Luana, no carnaval deste ano, ele afirma com serenidade que não há chance de uma reconciliação, apesar de uma recente "recaída" durante uma festa no Rio. "Gostei e gosto muito dela, agora como amigo. Ficamos juntos na semana passada depois de uma festa. Mas depois tivemos uma conversa séria e colocamos um ponto final na relação", garante. Sem mágoas, Dado enfatiza que continua acreditando no amor, apesar de já ter sofrido e se desiludido. Ao cantarolar um trecho em especial da música Está escrito, gravada por ele ano passado para a abertura da novela Cristal, do SBT, o ator fala sobre a sua crença em almas gêmeas. "'...está escrito, eu nasci para você, você nasceu para mim... Acho linda esta frase. Acredito nisso desde criança", diz ele, na Ilha de CARAS, em Angra dos Reis. Apontado como criador de polêmicas, Dado recentemente mudou seus hábitos. Passou a se cuidar, está fazendo dieta, parou de beber e está focando toda a sua energia na carreira. Mesmo festejando ainda o sucesso recente da turnê do CD Dado Pra Você, com a qual percorreu várias cidades do Brasil - com os irmãos Fernando Dolabella (23) e Giba Di Pierro (36), que fazem parte de sua banda -, ele já trabalha no novo disco, principalmente compondo. "Quero mostrar a diversidade de ritmos do Brasil. E meu maior sonho é um dia poder levar este trabalho para o mundo", revela ele, que no próximo mês embarca para os Estados Unidos, onde realiza cinco shows. - Você e Luana pareciam ser muito felizes. O amor acabou? - Não sei se posso chamar o que vivemos de amor. Tivemos uma paixão forte. Gostei muito dela, mas acabou. Nossas buscas, valores e ideais não eram os mesmos. Luana é especial. A admiro muito, principalmente esta luz que Deus lhe deu de contar histórias para crianças. Continuamos nos falando, mas agora como amigos. - Mas vocês se beijaram em uma festa na casa da Cleo Pires... - Realmente saímos juntos, acabamos ficando e nos beijamos. Mas foi apenas uma recaída. Depois conversamos e colocamos um ponto final na relação. - Existe alguma possibilidade de uma reconciliação? - Não tem chance de volta. Está acontecendo tanta coisa boa na minha vida que não tem sobrado tempo para ficar pensando nisso. Estou 100% focado no trabalho, na minha música. A solidão traz a necessidade de buscar novas coisas, você cria mais. É importante para o crescimento. Acabei de escrever uma música inspirada no eclipse da lua, que se chama O sol da lua. - Você parece muito romântico. Ainda busca a sua alma gêmea? - Cantei ano passado a música Está Escrito. A letra fala de um amor sincero. Isso era uma coisa que quando eu era criança eu acreditava. E quero continuar acreditando. A gente tem mania de se excluir do sistema animal. Se olharmos para eles, para a natureza, vamos aprender muito. As árvores precisam das raízes para continuarem dando frutos. E a vida é igual. Para um filho nascer saudável, ter uma cabeça boa, ele precisa de uma base, como eu vivi com os meus pais. Eles me deram a coisa mais importante da vida: os valores sentimentais e de amizade. Já sofri muito, me desiludi. Mas a gente está sempre em busca de um grande amor. - Você acredita que existe algum segredo para a sedução? - Tem que ser verdadeiro. Para seduzir você faz uma cena, mas o que seduz mesmo é a essência, o que está no olho. Tento ser um ser humano cada vez melhor. Lógico que existem várias armas de sedução, como a música, a culinária... mas a maior de todas é a alma. - Qual a importância do sexo em uma relação? - É tão importante quanto o respeito e a admiração pela outra pessoa. Mas sexo é consolo para quando o amor não nos alcança. Prefiro viver sem fazer sexo do que sem amor. É ruim ficar sem, mas só sexo é uma coisa vazia. Se for assim, prefiro fazer comigo mesmo. - Se considera hoje mais assentado, equilibrado? - Muito mais. Há dois meses comecei a dieta do grupo sanguíneo e sinto mais energia. Deixei de comer carne, parei de beber, estou me alimentando melhor, como muita salada. Descobri uma nova vida, estou com mais disposição para correr e escrever as minhas músicas. - Você sempre foi polêmico. As críticas te abalam? - Meu trabalho e a resposta carinhosa do público me alimentam. Não é fácil, principalmente neste meio onde há muita inveja. Eu sou feliz. Acho até bizarro falar isso. Mas não considero que esta felicidade me atrapalha, porque eu vou continuar sendo feliz. E talvez isso incomode algumas pessoas. - E rótulos, como o de Don Juan? - Não me considero assim. E quando estou me relacionando com alguém, ainda ficam falando de passado, sobre um boato que se transforma em uma coisa nociva... Fico ali, de fantoche, isso é chato. - Algum arrependimento? - Me arrependo de muitas coisas. Mas não teria graça viver se a gente só acertasse. Tudo o que fiz de errado serviu como aprendizado. Conheci o sucesso muito novo. De uma hora para outra era o campeão de cartas na Globo. E perdi meu pai (o ator Carlos Eduardo Dolabella, morto em 2003) cedo. Ele comandava o timão do barco e de repente desapareceu, no momento em que eu mais precisava de um alicerce. Mas foi um aprendizado. Hoje vejo as coisas de forma diferente, sei o que quero dizer na minha música, minha grande paixão. - Você diria que hoje é mais ator ou cantor? - Aprendo sempre com a música a interpretar e com a interpretação a cantar. Uma cena tem que ter ritmo, entonações, cores diferentes e a música é assim também. - Como vai ser o novo disco? - Vou pegar o que o Brasil tem de mais rico, que é a diversidade, a miscigenação de cultura, som, cor, tom... Quero colocar desde MPB, passando por rock e funk. Acho que o Brasil é isso. As pessoas são meio pretas, meio brancas, meio marrons. Não tenho preconceito com nenhum ritmo. Tenho com a inveja e com o pré-julgamento. Tom Jobim (1927- 1994) dizia que sucesso no Brasil é insulto. No mundo inteiro você vê os artistas se destacando e pessoas querendo se espelhar no sucesso, não criticar. A felicidade incomoda. FOTOS:IVAN FARIA, MARIANA VIANNA/A7 FOTOGRAFIA E RODRIGO OLIVEIRA