Jogar ajuda a criança a desenvolver suas capacidades cognitiva e intelectual e até a aumentar o vocabulário. Os jogos mais indicados, portanto, são os oferecem diversão e também ensinam. Confira opções e aproveite as férias
Quando se fala em férias, uma coisa vem à cabeça: diversão! Neste período, os pais que não viajam têm a - difícil - tarefa de encontrar atividades para entreter os filhos. Para facilitar, aqui vai uma dica: “jogos ajudam no desenvolvimento cognitivo e intelectual, promovem uma evolução da fala e da linguagem”, afirma Juliana Mattoso Del Vigna, psicóloga. Vale apostar em jogos de tabuleiro, de lógica e raciocínio e, sim, de vídeo game.
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O jogo certo é aquele que permite à criança interagir com os pais ou amigos, ensina a respeitar o próximo, já que ela tem que jogar apenas na sua vez, dá liberdade para mexer o corpo e exercitar a mente, o que é mais importante. “Os jogos que estimulam, além da brincadeira, o raciocínio lógico, como amarelinha e queimada, são os mais indicados. Para os mais velhos, dama, caça-palavras e quebra-cabeça. ”, diz Fernanda Teixeira, diretora pedagógica da escola Capítulo I.
A idade determina o grau de interação com o jogo. Quando a criança não sabe ler, pode brincar com blocos lógicos e brinquedos com figuras. “Pode ser um dominó com patinhos, por exemplo. E o pai e a mãe têm que perguntar: ‘quantos bichinhos tem aqui?’”, sugere Juliana. Mas, independentemente do jogo ou brincadeira, o que importa mesmo é a interação com as outras pessoas, principalmente com os pais. “O mais gostoso é brincar junto. Nem que seja um pouquinho”, comenta Fernanda.
E é justamente no quesito interação que o vídeo game deixa a desejar. “Apesar de ajudar bastante no desenvolvimento intelectual, a criança não pode passar muito tempo jogando vídeo game. Na frente da TV, ela não se mexe e não interage com outras pessoas, a não ser que tenha um coleguinha junto”, afirma Juliana Mattoso, psicóloga. Sozinho, o pequeno pode ficar confuso com as informações. “Jogos que incitam a violência devem ser evitados. A criança vai ver morte, assalto e vai achar que, para ‘ganhar’ na vida, é preciso fazer o mesmo. Mesmo na adolescência é preciso deixar claro: ‘o jogo mostra isso, mas, se você fizer igual, vai preso”, diz.
Mas os jogos virtuais não estão proibidos, é claro. “Os melhores são aqueles que exigem que a criança mexa o corpo, dance, imite os movimentos de esportes”, comenta Juliana. Mesmo assim, não dá para exagerar. “Movimentos repetitivos podem causar lesões nas mãos e nos braços”, afirma a psicóloga.
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