A jornalista Lilian Munhoz conversou sobre questões ligadas ao setor, como o aumento da produção e o crescimento sustentável
O agro faz parte do dia a dia: está presente no nosso café da manhã, nas nossas roupas, na energia, nos nossos carros. A frase do título da matéria é da jornalista Lilian Munhoz que é uma “apaixonada” pela editoria de Agronegócio. Ela foi a entrevistada do programa Perfil Agro.
Ser uma apaixonada não a torna, segundo ela, uma especialista. “Eu não sou porque todo dia a gente vem aprendendo um pouco mais porque é um setor muito complexo. Por isto que eu fui estudar para entender mais”, afirma.
Se ela é ou não especialista, o fato é que Lilian tem, indiscutivelmente, muita propriedade para falar das questões, números e da importância do setor para a economia do país, bem como sobre as pesquisas e a falsa dicotomia entre meio ambiente e o crescimento do agronegócio.
Sobre o tamanho do setor no Brasil, a jornalista reforça que o agronegócio é “tudo”, elencando várias razões para tal afirmação. “A nossa roupa de algodão é agro, o que a gente comeu no almoço é agro. Também pelos combustíveis, pela energia que consumimos, ou seja, o agro está presente em nosso dia a dia”, exemplifica.
Ele destaca que o Brasil é líder na produção de cana-de-açúcar, suco de laranja, café e é um dos principais produtores de proteína animal (aves, suínos e bovinos). “De cada dez copos de suco de laranja, oito são de laranjas produzidas no Brasil”, contando uma expressão bastante comum entre as associações de cítricos nacionais.
Lilian menciona o crescimento na produção de milho e da soja – “nosso carro-chefe” – como mais um fator da importância do agro para o Brasil e também para o mundo. “Hoje o agro responde por 25% de tudo o exportamos e a soja é a primeira responsável por este volume”, relata. Ainda segundo ela, o Brasil exportou o total de US$ 160 bilhões em produtos oriundos do setor.
Para a jornalista, estes números se devem também aos institutos de pesquisa. “Temos órgãos muito eficientes, como a Embrapa, e claro, os produtores rurais que fazem o trabalho ‘dentro da porteira’”, disse.
Sobre a sustentabilidade e o crescimento do setor, Lilian é taxativa ao afirmar que “o agronegócio também é contra o desmatamento ilegal. Temos que reforçar isto. Quem faz o desmatamento ilegal deve ser punido”.
Ela exemplifica que o mundo exige cada vez mais uma produção com maior sustentabilidade e que “temos que procurar mais e mais eficiência, porque não podemos pagar uma conta lá fora como um país que não respeita o meio ambiente”.
Na esteira desta maior produção com respeito ao meio ambiente, Lilian cita as agritechs, fazendo o agro muito mais moderno e eficiente no Brasil. Ela finaliza esta questão da sustentabilidade esclarecendo que “o agronegócio e o meio ambiente são totalmente complementares e não antagônicos”.
Se ela é ou não especialista, não importa. O fato é que Lilian Munhoz sabe muito bem o que fala e se expressa com raro didatismo ao discorrer sobre o agro e a complexidade de suas relações na sociedade e no mundo.