Mãe de um, Rafa Brites usa as redes sociais para fazer um texto sobre a maternidade durante o Carnaval
A apresentadora Rafa Brites, que deu à luz em fevereiro de 2017 ao seu primeiro filho,Rocco, aproveitou a chegada do Carnaval para falar um pouco sobre como é lidar com a maternidade durante o feriado.
Nesta sexta-feira, 21, a morena postou, em seu Instagram, uma foto em um bloquinho de rua onde apareceu usando um body cor-de-rosa e botas com cano alto combinando.
“Sobre ser mãe no Carnaval (e no ano inteiro). Para começar. Não é brincadeira, não é engraçado e a gente sofre muito com isso. ‘Onde está seu filho?’ Não é algo que se diga a uma mãe! Nós não andamos o tempo todo com eles, como acontecia na época da barriga. Já pensou que o contrário não acontece? Quando encontramos um pai sem o filho, ninguém fica assustado, pois assume-se que ele está com a mãe. ‘Aê! ganhou um vale night’. Esse comentário é feito para ambos os sexos, sempre depreciativo, assumindo que aquela relação é possessiva. Para as mães, isso é ainda mais pesado, pois é como se ela tivesse sido “liberada” não só pelo marido, mas pelos afazeres domésticos e maternos também. E uma mãe de ressaca jogada no sofá? Não tem vergonha maior nesse mundo. Está no nosso subconsciente de que a responsabilidade pelos cuidados com as crianças está sempre nos ombros da mãe, nunca do pai ou de uma rede de apoio que ela possa ter”, começou a esposa de Felipe Andreoli.
“Quem nunca ouviu ‘ué...mas você vai sozinha pro carnaval?’? Obviamente, por questão de segurança, a mulher ainda não tem o seu direito de ir e vir sem ser assediada ou importunada, mas essa cultura machista vem desde a época dos casamentos arranjados e dos dotes, quando a filha mulher tinha que sair sempre acompanhada de alguém da família que assegurasse sua pureza. Tem também aquela ‘nossa, seu corpo voltou, né?’ É muita crueldade associarmos o ganho de peso gestacional com a ausência de um corpo, como se mudar a forma fosse perder a forma, entende? E como se o nosso corpo estivesse ali para ser julgado ou dissesse respeito a qualquer pessoa que não nós mesmas”, continuou.
“Ah, e pra encerrar, tem ainda o velho, ‘isso não é roupa de uma mãe que se preze’ como se uma boa mãe precisasse se enquadrar em uma forma de vestir. Afinal de contas, Maria não é virgem? Nossa santidade não pode ser colocada em risco com qualquer exposição de sensualidade que seja. Chato isso, né? Por isso é que muitas mulheres se identificaram com o meu vídeo. Então, nesse carnaval vamos evitar esses comentários. Ah! E levar esse aprendizado pro resto da vida. Deixem as mães em paz na farra”, concluiu Rafa.
Os seguidores da repórter rapidamente encheram a publicação de comentários apoiando a sua causa. “Você é f*da. Puts, foi mal, sou mãe e falei um palavrão”, brincou uma. “Inacreditável que estamos em 2020 e ainda temos que responder esse tipo de pergunta”, se revoltou outra. “Mãe também é gente!”, afirmou uma terceira.
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