Versão carioca para o centenário do autor Jorge Amado entra na Marquês de Sapucaí com a Imperatriz Leopoldinense sob o reinado da musa veterana Luíza Brunet
Com um pequeno problema para mobilizar um de seus carros alegóricos a caminho da Marquês de Sapucaí, o carnaval 2012 da Imperatriz Leopoldinense entrou na avenida com uma injeção de adrenalina a mais na noite deste domingo, 19, no Rio de Janeiro. Com o samba Jorge, Amado Jorge, homenageando o que seria então o centenário de Jorge Amado (1912-2001), um dos maiores autores da literatura brasileira.
A exemplo da escola paulistana Mocidade Alegre, que também desfilou uma homenagem a Jorge Amado, a Imperatriz começou recontando a história do autor em sua infância na cidade de Itabuna, no interior da Bahia, que futuramente serviria de cenário para suas histórias, como Gabriela, Cravo e Canela e Terras do Sem Fim.
Sua passagem pela faculdade de direito, bem como o ingresso ao desbravamento da literatura, ganharam alas especiais no desfile além, é claro, de recriar pontos turísticos da Bahia que tanto abrigaram situações com Jorge Amado. O mercado popular baiano, suas tradições religiosas e a eterna luta do autor contra o preconceito à cultura afro-descendente foram alguns dos temas centrais do desfile.
Destaque para o carro alegórico que reuniu suas maiores personagens, como Gabriela, Dona flor e seus Dois Maridos, Tieta do Agreste, os Capitães de Areia e outros.
À frente da bateria, a veterana Luíza Brunet (49) reinou com fantasia mais composta e acrescentou mais uma participação no carnaval carioca – a relação da musa com a festa começou em 1980, quando foi convidada pelo carnavalesca Joãozinho 30 para desfilar como destaque da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis.
“A passarela está muito mais aconchegante e bonita. Tudo isso foi feito para o público poder aproveitar ainda mais o desfile, e pra gente conseguir sambar mais bonito também”, afirmou momentos antes de entrar na avenida.