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Carnaval / Folia

Mangueira reverencia Bloco do Cacique de Ramos e faz parada de 2 minutos com bateria

Em desfile empolgante sobre o histórico Bloco do Cacique de Ramos, Mangueira faz paradinha de 2 minutos com a bateria e arrepia a Sapucaí

Redação Publicado em 21/02/2012, às 01h44 - Atualizado às 01h47

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Desfile da Mangueira - AgNews
Desfile da Mangueira - AgNews

Mais do que uma metalinguagem de carnaval, o desfile Vamos festejar! Sou cacique, sou mangueira!, realizado pela  poderosa Mangueira na madrugada desta terça-feira, 21, trouxe uma reverência ao bloco carnavalesco mais tradicional do Rio de Janeiro: o Bloco do Cacique de Ramos.

Criado em 1961 no subúrbio carioca de Ramos, zona da Leopoldina, o bloco nasceu com o intuito de reunir sambistas da época que já conviviam em intensa criação. O Cacique de Ramos foi responsável pela projeção da carreira de grandes nomes do samba como o grupo Fundo de Quintal, Beth Carvalho (65) e Alcione (64), todos presentes no desfile desta noite.

As referências à cultura afrodescendente como a culinária, a dança e a capoeira ganharam destaque em alas e carros alegóricos. O samba da escola relembrou ainda outros importantes blocos do imaginário carioca como o Bafo de Onça, fundado nos anos 1950 que desfilava pela avenida Rio Branco; e o Bloco dos Arengueiros, fundado em 1928, um dos primeiros a surgir na capital carioca.

Mas a grande surpresa do desfile da Mangueira ficou por conta da ousadia da interpretação do samba e da bateria da escola. Com uma parada de dois minutos, a Mangueira mostrou que tem muito pulmão para levar seu samba sem o compasso de sua potente bateria. O resultado foi uma Sapucaí inteira embalada por voz e cordas.

E como se não bastasse, momentos antes de entrar no recuo, a bateria dividiu-se em duas e abriu alas para o casal de mestre sala e porta-bandeira passar, seguida por um dos carros alegóricos que representava as antigas mesas de pagode do início da vida do bloco Cacique de Ramos. Acima do carro, Alcione e Dudu Nobre (38) puxaram o samba-enredo da escola em ritmo de pagode.