Usando Arthur e Fiuk como exemplos, Carol Borba fala sobre o desempenho físico dos brothers do BBB21
Quem está acompanhando o BBB21 já sabe que, desde o começo do reality, existe uma desavença entre Fiuk e Arthur.
Os telespectadores, então, criaram uma brincadeira de que a rixa deles é como se fosse uma guerra entre o cigarro e o crossfit, já que o cantor está sempre fumando e o outro é profissional físico.
“Dois maços de cigarro no café da manhã são bem mais revigorantes que suplemento batido com ovo”, brincou um internauta sobre a rixa. “Será que crossfit tá valendo tanto a pena assim?”, questionou outro.
Com toda essa repercussão nas redes sociais, realmente surgiu a dúvida do quanto a prática de exercícios e a de fumar acabam influenciando no desempenho atlético de uma pessoa. Carol Borba, que é educadora física, conversou com exclusividade com a CARAS Digital sobre o tópico.
Para ela, o exercício em si não é a única coisa que leva a um bom desempenho físico. “A gente precisa, além do treino, de muita concentração, de foco e de constância. Quando a gente aborda o tema foco, a gente tá tratando também de algo que vai além do corpo, que é a mente. Pra gente se manter constante mesmo quando vem o cansaço ou uma certa dor, a gente precisa trabalhar a mente e usar ela a nosso favor para não desistir nesses momentos, que são cruciais e importantes para que a gente consiga ultrapassar obstáculos e, assim, evoluir nos treinos e ter um bom desempenho físico”, explicou.
A profissional também fez questão de pontuar que isso acaba sendo um pouco diferente pelo fato de Arthur e Fiuk não estarem na ‘vida real’, e sim em um reality. “Na vida real, a gente tá ali por alguma motivação que é relativamente pequena quando a gente compara com um jogo. No jogo têm adversários e tem o prêmio envolvido. Então, o desempenho físico vai depender mais ainda do nosso foco e da nossa mente”, disse.
“O Arthur é um cara sarado, definido, que leva um estilo de vida totalmente voltado para a alimentação saudável e exercícios. Então, as pessoas esperam dele um desempenho melhor nas provas que envolvem físico. Diferente do Fiuk que, em uma prova que envolve muito físico, as pessoas não esperam muito”, analisou a educadora sobre os brothers. “Tem muito a ver com a nossa mente, envolvida em ambas as situações, tanto nas provas que envolvem uma habilidade mais mental quanto em uma habilidade mais física”.
Carol chegou até a apontar uma das coisas que pode acabar pesando na cabeça do crossfiteiro. “O Arthur, eu acredito que ele sofra uma pressão de estereótipo, que pode afetar muito. Poderia afetar o Fiuk se ele pensasse que em uma prova de resistência que ele não poderia competir a altura do Arthur. Mas, pelo que a gente tem visto, não afeta o Fiuk. Ele tem encarado essas provas de resistência e tem se dado muito bem, comparado com o Arthur. Então, talvez, essa pressão de estereótipo afete o psicológico do Arthur, talvez ele se cobre tanto nesses momentos porque ele ‘deveria ser, nos olhos de todos, a pessoa mais capacitada para vencer esse tipo de prova’, e talvez essa pressão dele mesmo possa atrapalhar”, falou.
A influenciadora fitness também afirmou que se o filho de Fábio Júnior, mesmo fumando, também treinasse, ele não sentiria essa mesma pressão que o ex-jogador de futebol sente. “Se Fiuk fizesse exercícios, ele teria uma capacidade cardiorrespiratória muito melhor. Eu acredito que se ele fizesse exercício e continuasse fumando, ele iria se sobressair. Eu acho que ele teria mais, além da capacidade psicológica, ele teria uma capacidade física melhor para vencer as provas”, revelou.
Durante o reality, em meados de fevereiro, Arthur se machucou durante uma prova do líder e deslocou seu ombro, o que, para a profissional, não ‘igualou’ seu desempenho com o de Fiuk. “O Arthur já tem uma maturidade muscular, porque ele treina há muito tempo. Ele tem um porte físico, uma resistência e força, que vão muito além do que o que o Fiuk tem, pelo que a gente pode observar. Então, eu acredito que, mesmo lesionado, fisicamente, ele ainda continua ‘acima’ do Fiuk”, comentou.
Colocando as brincadeiras da rixa ‘cigarro X crossfit’ à parte, Borba fez questão de ressaltar que a prática de exercícios não compensa os riscos de fumar. “A pessoa pode fazer o exercício que for, pode ser um atleta, correr maratona, mas se ela fuma, o pulmão dela com certeza tá prejudicado. O exercício não tem a capacidade de modificar nada em nível pulmonar que o cigarro esteja estragando. O exercício ajuda a fazer melhor essas trocas pulmonares, mas ele não vai consertar um pulmão que está sendo agredido”, disse. “É óbvio que é muito melhor que a pessoa fume, se ela fumar, e faça exercícios, com certeza essas trocas dentro do pulmão vão ser mais eficientes, porque a pessoa está estimulando isso. Mas, não quer dizer que ela tá sarando, curando e cuidando do pulmão".
A educadora ainda revelou o que, para ela, é "ser saudável": “Fazer exercício, ter um momento de lazer, dormir bem, ter bons momentos de descanso e ter uma alimentação equilibrada. São três pilares que são necessários para que a gente tenha uma vida saudável: exercícios, alimentação e descanso”.
Para finalizar a conversa, Carol aproveitou para dar dicas para as pessoas que estão tentando parar de fumar, independente de quem para do dia para a noite ou aos poucos.“As duas opções são muito efetivas, contando que você foque nisso e tenha realmente vontade de parar. Eu acredito piamente que, conforme você for vendo o seu corpo mudar, a melhora no seu condicionamento, melhora na aparência da sua pele, isso é uma motivação. Isso faz com que você queria continuar esse caminho de deixar o cigarro de lado. Precisa de muita força de vontade e definir qual seria o melhor meio. A dica que eu tenho é: observe cada momentinho de melhora, porque é a melhora que vai fazer com que você queira continuar nesse processo”, concluiu.