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Técnicas bem menos agressivas são as novas armas na luta contra o câncer

CARAS Publicado em 24/09/2013, às 17h27 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Saúde - Divulgação
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Nas duas últimas décadas, houve um grande crescimento no desenvolvimento de técnicas pouco invasivas realizadas por radiologistas intervencionistas no campo da Oncologia, destacando-se métodos diagnósticos como a biópsia guiada por tomografia computadorizada ou ultrassonografia e terapêuticos como a quimioembolização e a ablação tumoral por calor (radiofrequência) ou por frio (crioablação). 

A biópsia guiada por imagem (tomografia ou ultrassom) é um procedimento realizado sem cortes, sob sedação e com anestesia local. Consiste no posicionamento de uma fina agulha no interior da lesão a ser investigada, sob a orientação, em tempo real, dos exames de imagem. O material obtido é avaliado imediatamente por um médico patologista, presente durante o procedimento, garantindo a qualidade do material e do diagnóstico final.

Nas ablações tumorais por calor ou pelo frio são utilizados métodos curativos minimamente invasivos para o tratamento de tumores que medem até 3,5 centímetros de diâmetro. Nos dois métodos, são posicionadas agulhas no interior das lesões e ocorre uma destruição do tumor por meio da geração de calor (mais de 60 graus centígrados), por radiofrequência, ou pelo frio (menos 40 graus centígrados), o que é chamado crioablação. Os procedimentos de ablação por calor são realizados sob anestesia geral. São indicados para o tratamento de tumores primários ou secundários (quando já ocorreu metástase), presentes no fígado, nos pulmões ou nos rins. Já os de crioablação apresentam a grande vantagem de não provocar dor nos pacientes, porque a “bola de gelo” formada durante o processo tem efeito analgésico. O tratamento é indicado para tumores ósseos, dolorosos, além de renais e pulmonares.

A quimioembolização é indicada para tumores primários ou secundários do fígado nos quais não é possível fazer o tratamento com cirurgia. Consiste no cateterismo intravascular e administração de microesferas menores do que 1 milímetro com quimioterápicos. A nutrição sanguínea do tumor é interrompida e, como a punção é feita em uma artéria da virilha e o medicamento age no interior do tumor, o paciente não sente seus efeitos.

Outro tratamento em crescente evolução é a radioterapia, que utiliza uma espécie de radiação para eliminar o tumor — é eficaz e, em muitos casos, leva à cura completa. Para reduzir os efeitos colaterais, aparelhos modernos e sofisticados foram criados com um tipo especial de radioterapia, a chamada radioterapia de intensidade modulada, também conhecida pela sigla IMRT. Por meio dessa tecnologia, a radiação é individualizada para as necessidades de cada paciente, protegendo os tecidos sadios ao redor e podendo tratar o tumor com doses altas de radiação. É como se a radiação fosse feita sob medida para cada indivíduo.

As novas técnicas minimamente invasivas diminuem, portanto, as consequências indesejadas de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, abrindo novos caminhos para a luta contra o câncer, com foco na qualidade de vida do paciente.