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Saiba o que é sesamoidite e como essa doença incomum se desenvolve

Fabiano Rebouças Ribeiro Publicado em 16/01/2014, às 16h50 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Saúde - Divulgação
Saúde - Divulgação

Os meios de comunicação divulgaram que a apresentadora de televisão Xuxa Meneghell (50) se trata de sesamoidite em um pé. Sesamoidite é a inflamação de um sesamoide. Sesamoides são ossos de tamanho variado existentes em várias partes do corpo. Os mais importantes são os das mãos, os dos pés e os dos joelhos — estes últimos, aliás, são os maiores sesamoides do corpo e são  chamados patelas, uma em cada joelho. Tais ossos se localizam no interior de um tendão e têm a função de facilitar seu deslizamento e sua passagem pela articulação.

Existem nos pés dois sesamoides paralelos e interligados, do tamanho  de um grão de milho, sob a cabeça do primeiro metatarsiano, logo abaixo do dedo hálux, o chamado “dedão”. Eles ajudam no impulso, na hora em que a pessoa se movimenta, e na absorção dos impactos. Também protegem o tendão.

A sesamoidite não é muito frequente. Pode manifestar-se em qualquer pessoa, mas é mais comum nas mulheres adolescentes e adultas jovens. Atinge em especial dançarinos e atletas, como corredores e tenistas. O número de casos aumenta no verão, porque as pessoas andam mais descalço em pisos duros como o solo e as praias. A principal causa da doença nos pés é o atrito repetido dos sesamoides com superfícies duras. Outras causas são: andar muito de sapatos de salto alto; ficar por tempo demasiado de pé diariamente; desenvolver atividades em que os saltos são frequentes; deformidades dos pés, como pisar forçando mais para dentro ou pés cavos; e até alterações dos próprios sesamoides, como nas situações em que um é maior do que o outro. A obesidade, enfim, pode favorecer o surgimento da doença e/ou agravá-la.

Já os sintomas básicos da sesamoidite são: dor de intensidade variável no pé, fazendo com que o portador, muitas vezes, nem possa apoiar a região no chão; dificuldade para alongar o dedão; inchaço; e vermelhidão.

Se o portador não consulta um ortopedista, para diagnóstico e tratamento, a doença pode se agravar tanto que a dor se tornará insuportável. Também não conseguirá andar e terá de se afastar de suas atividades. Nas situações extremas, pode haver até necrose dos ossinhos e lesão do respectivo tendão. Com isso, o dedão do pé perderá força e poderá até tomar a forma de garra, além de ficar mais suscetível a desenvolver artrite nas articulações.

Felizmente, é possível evitar o que predispõe à doença. Pais, por sua vez, devem ficar atentos aos filhos e, caso desenvolvam deformidades ou hábitos errados em relação aos pés, levá-los a um especialista para diagnosticar o problema e fazer a correção.

Pessoas com sintomas, enfim, precisam consultar um médico ortopedista. É fundamental, então, descartar outras doenças, como gota, bursite e fraturas. O tratamento da sesamoidite é feito com o uso de remédios, repouso, bolsa de gelo, órteses, palmilhas e/ou fisioterapia. Em geral dá resultado. Se isso não ocorre, pode-se fazer cirurgia. Usa-se o tipo convencional, para extrair o sesamoide acometido e se corrigir outros problemas, como os prejuízos ao tendão. Mas o tratamento cirúrgico pode causar no dedão os fenômenos citados, que são a perda da força e até alguma deformidade estética, pela falta do osso.