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Bem-estar e Saúde / SAIBA MAIS

O que é LMA? Entenda doença de Fabiana Justus e saiba as fases do tratamento

Em entrevista à CARAS Brasil, o hematologista Phillip Scheinberg explicou o câncer de Fabiana Justus e como o tratamento geralmente é feito

Mariana Arrudas
por Mariana Arrudas
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Publicado em 26/01/2024, às 16h45 - Atualizado em 30/01/2024, às 09h00

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Fabiana Justus, filha do empresário Roberto Justus - Foto: Reprodução/Instagram @fabianajustus
Fabiana Justus, filha do empresário Roberto Justus - Foto: Reprodução/Instagram @fabianajustus

Na última sexta-feira, 26, Fabiana Justus (37) usou seu perfil no Instagram para comunicar aos fãs sobre seu diagnóstico de Leucemia Mieloide Aguda, conhecida também como LMA. Em entrevista à CARAS Brasil, o hematologista Phillip Scheinberg, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explicou o que é a doença e quais são as fases do tratamento.

O especialista afirma que a LMA é um câncer originado na medula óssea, local em que são formadas todas as células do sangue. "[Na medula óssea], existem dois compartimentos de células que são produzidas: a Linfóide, as células de defesa; e a Mieloide –que é o caso de Fabiana Justus."

A doença pode acontecer de forma crônica, em que o paciente pode levar anos para ter o diagnóstico, ou aguda, que, como no caso da filha de Roberto Justus (68), tudo acontece em questão de semanas.  Scheinberg diz que o caso agudo acontece quando as células jovens, chamadas também de blastos, passam por um bloqueio, não se tornam adultas e se acumulam.

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O hematologista diz que o tratamento é dividido em duas etapas: indução e consolidação. "Em uma paciente jovem, como a Fabiana, [a primeira fase] é quimioterapia", acrescenta. "É necessário fazer com que as células jovens parem de ficar se dividindo, e temos que nos livrar dessas células ruins, para que as sadias voltem a reinar na medula óssea."

O paciente deve ficar internado para receber cuidado total durante a quimioterapia, que é relativamente forte. O especialista explica que o processo dura entre três e cinco semanas, e que a medula óssea é bastante afetada. Depois de cerca de um mês, são feitos novos testes na medula para verificar se todas as células malignas foram embora.

O próximo passo, ainda dentro da primeira etapa, é a remissão. A prática não era comum até a década de 1970, mas foi criada como um protocolo para consolidar a resposta da quimioterapia, para que o paciente não volte a ter as células malignas.

Em um paciente com o prognóstico favorável, a remissão pode ser feita apenas com quimioterapia. "Entre três ou quatro ciclos", diz o médico. Já em pessoas com o prognóstico não favorável, a indicação é que seja feito um transplante de medula. 

O transplante pode ser feito por um irmão ou irmã, com a medula 100% compatível; por um doador também completamente compatível —que pode ser encontrado através de bancos de doadores; ou por um doador 50% compatível, geralmente pai, mãe, irmão, irmã, filho ou filha do paciente. Após o transplante, o paciente também passará por um tratamento de recuperação.

"A vida do paciente muda durante o tratamento, porque ele ficará internado por um mês pelo menos. A medula óssea vai sentir bastante, esperando que as células doentes sejam eliminadas nessa primeira fase. Com certeza isso afeta não apenas a fase física e social, mas a cabeça também. Temos todo um trabalho de psicologia e suporte para ajudar", completa.

Scheinberg ainda acrescenta que, diferente de um tumor de pulmão, mama ou próstata, não há início, já que tudo é muito rápido. E a chance de cura varia de organismo para organismo. "Vai depender do risco da doença, quão agressiva é a doença."

Além do caso de Fabiana Justus, existem ainda a Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e a Leucemia Linfoide Crônica (LLC). O especialista explica que, com base nos tipos, a apresentação, prognósticos e tratamentos são diferentes. 

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