Mila Kunis defende a beleza natural e analisa a obsessão pela perfeição: "É bizarro como todos têm o mesmo rosto agora"
CARAS DIGITAL Publicado em 05/09/2014, às 19h45 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
Em bate-papo com a revista The Talks, Mila Kunis declara: “Eu odiava ser magra na vida real”
A busca da perfeição é um problema em Hollywood? Tantas garotas na sua idade tentam exatamente isso: ser, e parecer, perfeitas.
É realmente triste, porque é verdade. Todo mundo está começando a parecer o mesmo. É bizarro como todos têm o mesmo rosto agora. Uma atriz pinta o cabelo de castanho, todo mundo pinta o cabelo de castanho. Acho que as pessoas perdem a noção de si mesmas. É lamentável.
Isso foi causado por conta do mundo do entretenimento e da moda?
Eu não sei o que causou isso. Não sei o que veio primeiro: o ovo ou a galinha, mas algo causou. Não sei se são nas capas das revistas onde você vê 'pessoas perfeitas'. O triste é que é tudo photoshop. Não existe esta perfeição. O que eu considero bonito, muito provavelmente você não vai gostar. Isso não significa que eu estou certa e você, errado. É apenas uma diferença de opinião.
Mas você também perdeu muito peso quando fez o papel no filme Cisne Negro, não? Você, de repente parecia, muito magra.
É o que você disse: foi para este papel. Era muito mais fácil ganhar o peso de volta. (Risos)
Você não gostava de estar tão magra?
Não, era nojento. Parecia o Gollum de O Senhor dos Anéis. Odiava ser tão magra na vida real, então usava blusas grandes e roupas largas. Pessoas que não tinham me visto por um tempo vinham me abraçar e ficavam apavoradas. Eu ouvia um monte de: "Você está bem?". Ou "Será que é preciso falar?". Sempre respondia: "Estou bem, é apenas temporário." Eu devo ter ficado assustadoramente fina. Meus braços eram muito finos.
Em Hollywood, tem muita competitividade entre as meninas da sua idade?
Sim e não. É competitivo, mas também é tudo baseado em opinião. Posso entrar em um teste e o primeiro diretor pensar que sou uma atriz horrível; o próximo pode achar que sou ótima. Essa é a coisa triste, não existe certo e errado, não há 2 + 2 = 4. Você pode ser a melhor atriz e, mesmo assim, nunca conseguir um emprego.
Leia a entrevista na íntegra, aqui.
