Em entrevista à CARAS Brasil, a fisiatra Regina Fornari Chueire reforça a importância do rápido diagnóstico da hérnia cervical de Luciana Gimenez
Publicado em 27/03/2025, às 11h30
No início do mês, Luciana Gimenez (55) precisou passar por uma cirurgia de emergência para tratar uma hérnia de disco cervical. O quadro, que pode trazer bastante dor para os pacientes, precisa de um diagnóstico rápido para ser tratado de maneira correta e evitar maiores complicações.
Em entrevista à CARAS Brasil, a médica fisiatra Regina Fornari Chueire explica que o diagnóstico do quadro que atingiu Luciana Gimenez é feito através de um exame com bastante precisão. "Ele é feito por um exame neurológico muito preciso, com o uso de ressonância magnética nuclear, em que verificamos a redução do diâmetro do canal neural e do forame de conjugação pela hérnia discal."
"A ressonância é melhor porque mostrará outras imagens que não são evidênciadas na tomografia", acrescenta a especialista, que reforça a importância da agilidade no processo. "É uma decisão que tem que ser muito rápida, não pode se arrastar por meses para chegar a esse diagnóstico. Por isso, a importância de orientar a qualquer problema desse tipo procurar o médico fisiatra, neurologista, reumatologista ou o ortopedista especializado em coluna cervical."
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A médica explica que existem dois tipos de tratamento, o conservador, que é sempre indicado em primeiro caso, e o cirúrgico, que foi feito pela apresentadora do podcast Bagaceira Chique. "O tratamento cirúrgico tem excelentes resultados, existem algumas técnicas como a dissectomia cervical anterior, como também é feito outras indicações como artrodese de coluna, entre outras."
"O importante é que o resultado é muito bom nos casos em que são operados em tempo hábil, quando o cirurgião fazendo a operação o paciente vai apresentar melhora da dor e preservação do quadro neurológico", completa a especialista.
Regina explica que a dor cervical é uma dor que acontece no pescoço e pode se irradiar para o membro superior, ou seja, os braços. O quadro é bastante comum, atingindo cerca de 50% da população mundial.
"Um grupo desses pacientes vão ter um retorno da dor em menos de um ano. É uma dor muito intensa, característica. Muitas vezes, dói mais o braço do que no pescoço, e tem uma incidência maior em mulheres que moram na região urbana a partir da quarta década de vida, que bate muito com o caso da Luciana Gimenez", completa.
A especialista diz que o tratamento deve ser escolhido com base na intensidade da dor do paciente, sempre com o acompanhamento médico especializado. "Ele deve ser individualizado e é sempre [determinado] pela intensidade da dor, os sintomas associdados e também as complicações."
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