Psicóloga analisa o jogo de poder entre Félix e César e diz que a obsessão do personagem de Mateus Solano pela mãe tem como origem o desejo do vilão pela admiração do pai em Amor à Vida
Está declarada a guerra entre pai e filho em Amor à Vida. Se a relação de Félix (Mateus Solano) com o todo poderoso doutor César (Antônio Fagundes) já era delicada no início da novela, nos últimos meses tem se deteriorado cada vez mais.
Em meio à disputa de poderes, o administrador, que já era muito próximo da mãe, passou a induzi-la para poder se vingar justamente de quem ele mais admira. Contraditório? Segundo a psicóloga Vera Vasallo a obsessão de Félix por Pilar (Susana Vieira) ajuda a entender os reais sentimentos dele pelo pai.
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“A ruptura com o pai, a contra gosto dele, é o motivo para ele se juntar ainda mais à mãe, fortalecer-se e poder mostrar para o pai algum poder”, observou.
Ao fazer um paralelo da trama com a vida real, a especialista evidenciou o papel da mãe em uma relação baseada na competição entre pai e filho.
“Todos os movimentos e atitudes do filho são para impressionar o pai, não para afastá-lo. A esperança é de provocar no pai algum sentimento de admiração. A mãe, nessa relação, acaba sendo a ponte para que o filho possa atuar de forma mais incisiva”, avaliou.
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Complexo de Édipo?
Embora seja uma relação obsessiva, Vera Vasallo disse que não há sinais do Complexo de Édipo – no qual o filho sente-se atraído sexualmente pela mãe e vê o pai como um rival.
“Apesar de se perceber a nítida preferência que ele tem pela mãe, e a aversão que tem pelo pai, nesse caso tem mais a ver com a disputa de atenção. O Édipo está ligado ao amor à mãe e o ódio pelo pai. O Félix não tem ódio pelo pai, pelo contrário, ele mostra admiração, mas o hostiliza justamente porque esse pai que ele admira não dá a mínima para ele”, afirmou.