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Especialista defende brincadeiras lúdicas e faz alerta sobre crianças na internet

Em entrevista à CARAS Brasil, o médico pediatra Miguel Liberato fala sobre os desafios de desenvolver atividades lúdicas longe da internet para crianças

Surenã Dias e Dr. Miguel Liberato
por Surenã Dias e Dr. Miguel Liberato

Publicado em 06/08/2024, às 11h14

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Pediatra dá dicas de como tirar crianças das telas - Foto: Freepik
Pediatra dá dicas de como tirar crianças das telas - Foto: Freepik

Em tempos onde a internet e os dispositivos eletrônicos dominam a vida cotidiana, especialmente a das crianças, especialistas têm alertado sobre a importância de resgatar brincadeiras lúdicas e saudáveis durante o período de aprendizado das crianças. Em entrevista à CARAS Brasil, o pediatra Miguel Liberato, falou um pouco sobre o assunto e alertou sobre as dificuldades que muitos pais enfrentam. 

"As brincadeiras infantis de caráter lúdico e de prática coletiva são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Tais atividades são fundamentais para a aquisição de consciência de coletivo, inteligência emocional, desenvolvimento da função motora e da força muscular, linguagem, entre outros diversos benefícios".

"Muito do que aprendemos ao longo da vida vem de exemplos que vivenciamos, mas parte disso pode ser agregado de forma sutil com os estímulos corretos, que podem vir a partir dessas brincadeiras", declara. 

Brincadeiras tradicionais, como jogos de tabuleiro, atividades ao ar livre, e brincadeiras de faz-de-conta, são essenciais para o desenvolvimento integral das crianças. Elas não só estimulam a criatividade e a imaginação, mas também ajudam no desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sociais. 

Segundo o especialista, é importante que os pais estimulem a autonomia de seus filhos de formas diferentes, para que eles descubram a existência de outros meios de diversão e aprendizado. "Temos que combater o tempo excessivo de tela, estimular as crianças a se interessarem, o mais precoce possível", diz. 

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"Pode estimular em casa através de jogos educativos, colocando-as em atividades coletivas supervisionadas e aproveitando o tempo livre para estimular locais onde seja possível realização de atividades com outras crianças. Além de todo benefício já descrito acima, essas atividades também tem um importante efeito protetor contra distúrbios de comportamento", explica.

Vale destacar que estudos ainda apontam que certas atividades apresentam benefícios cognitivos e sociais, como as brincadeiras físicas, que são fundamentais para a saúde das crianças. Atividades como correr, pular e jogar bola promovem o exercício físico, essencial para combater a obesidade infantil, melhorar a coordenação motora e fortalecer o sistema imunológico.

"Atualmente, é cada vez mais difícil manter as crianças, principalmente os adolescentes, longe das redes sociais. O ideal é que não estimulemos esse uso e os pais devem tentar segurar o máximo possível o início do contato da criança com as redes. É uma batalha difícil, pois a pressão vem de todos os lados: de outras crianças que já utilizam, dos próprios pais que utilizam na frente da criança e fortalecem esse exemplo e até mesmo da televisão".