Ex-primeira dama americana diz ter se sentido sozinha e quebrada
Cerca de 20% das gestações acabam gerando abortos espontâneos. Ou seja, a cada 5 mulheres grávidas, 1 vai perder o bebê. O acontecimento, embora seja comum, ainda é extremamente doloroso para a mulher, que com frequência sente que há algo de errado com ela.
E para Michelle Obama, ex-primeira dama americana, desmitificar o tabu e falar sobre o assunto seria uma maneira de fazer com que as mulheres se sentissem menos sozinhas nessa hora.
A esposa de Barack Obama sofreu um aborto há cerca de 20 anos atrás, e resolveu falar sobre o assundo no Good Morning America, telejornal americano. "Nós sentamos sozinhos com nossa dor, pensando que algo está quebrado", desabafou.
"Eu me sentia sozinha, e sentia que tinha falhado, porque eu não sabia quão comum era, já que não falamos sobre isso. É esse um dos motivos que acho que é importante conversar com jovens mãe, e o fato de que abortos acontecem", opinou.
Ela também acredita que outro assunto que não é trabalhado é o relógio biológico. "Ele é real. E eu só percebi isso com 34 ou 35 anos, e tive que fazer fertilização in vitro", revelou.
"Acho que é a pior coisa que nós fazemos para nós mesmas, como mulheres: não compartilhar as verdades sobre nosso corpo, e como ele funciona ou não funciona", finalizou.