Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz Zezé Motta fala sobre sua relação com as redes sociais após resistir por muito tempo
No auge dos seus 80 anos, a atriz, cantora e ativista Zezé Motta tem se adaptado às tendências atuais, como a tecnologia. Ela é bastante ativa nas redes sociais, mas comenta que no início resistiu bastante. Em entrevista à CARAS Brasil, a veterana aponta a necessidade de acompanhar os avanços da sociedade e aponta: “Não ficar para trás".
“A maior parte do tempo, eu resisti muito. Acho que era mais um pouco de preguiça mesmo. E aí, tenho um anjo da guarda, sabe? (risos) Resolvia tudo pra mim; e acho que eu meio que me acomodei. Mas de repente, nos papos, nos encontros, nas reuniões, nos almoços, eu via todo mundo discutindo coisas que eu ficava meio que boiando. Eu falei: Peraí, vou ter que correr atrás do prejuízo. Não sou um expert, mas tenho me interessado mais. Até porque eu me dei conta que a gente tem que viver o momento, acompanhar essas mudanças, para não ficar para trás”, ressalta Zezé.
A artista virou a queridinha das marcas por sua potência como mulher negra. Mas ela revela que nem sempre foi assim. "Posso contar nos meus dedos: duas ou três publicidades. E aí, de repente, me descobriram”, fala ela, sorrindo.
ETARISMO
Zezé Motta conquistou fama mundial no papel de Xica da Silva, protagonista do filme de 1976 de mesmo nome, dirigido por Cacá Diegues (84). Por conta do erotismo da personagem, a artista se tornou um símbolo sexual. Hoje, ela fala de etarismo de forma leve.
"Tem uma frase clássica. Eles diziam assim: ‘Nossa, você tinha um corpão, né?’ (risos). E eu, que sou uma moleca, outro dia me peguei pensando assim: Não, um corpão eu tenho hoje! Tenho uns quilinhos a mais (risos). Eu tinha um corpinho, porque era bem magra (risos)”, diz.
A artista nunca escondeu sua disposição para o amor. Ela, que já foi casada por cinco vezes, sempre fez questão de dizer que namora e tem uma vida sexualmente ativa. Ao ser questionada se os 80 anos assusta, Zezé garante que não. “Eu adoro”, afirma ela, comentando como as pessoas imaginavam as mulheres idosas no passado. “Sessenta anos já eram senhorinhas. Já eram consideradas até porque se comportavam como, né?”, salienta.