Werner Schünemann apostou em um romance para fazer sua estreia como escritor
Após anos mostrando todo seu talento na atuação, Werner Schünemann (62) decidiu apostar em um novo mundo, o da escrita. O ator acaba de lançar seu primeiro livro, Alice Deve Estar Viva, um romance que trata da alma humana e suas contradições. Para celebrar esse novo rumo de sua carreira, Schünemann bateu um papo exclusivo com a CARAS Digital, dando detalhes da história e falando um pouco sobre suas expectativas para o lançamento.
Logo de cara, o artista falou que está sendo muito gostoso poder entrar em um mundo novo dentro das artes: "Estou me sentindo muito ansioso, porque é a primeira vez que eu lanço livro, é um mundo que eu não conheço, mas também muito realizado e feliz, de verdade." Para ele, escrever um romance, logo em sua estreia, foi algo natural, visto que sempre gostou desse tipo de histórias: "É o que eu tenho escrito desde sei lá... Há uns 25, 26 anos. Eu sempre quis trabalhar contando histórias e as minhas histórias são sempre mais longas. E eu gosto da estrutura dessa narrativa que você vai conduzindo o leitor e surpreendendo, deixando o leitor cada vez mais cúmplices dos personagens, me agrada isso, que os personagens comessem a ter vida própria."
O romance permeia por lugares pelo Brasil, principalmente no Panpa Gaúcho, bem próximo ao Uruguai, onde também acontecem algumas passagens da obra. Além disso, o principal assunto abordado na trama são a alma humana e suas contradições, algo que sempre despertou a curiosidade do autor: "Eu gosto muito de personagens que são levados as suas fronteiras, as suas beiras, aos seus limites, sem precisarem pensar sobre isso, e que precisam se transformar. Meus personagens sempre se transformam.", comentou ele.
O livro foi todo escrito durante a pandemia, o que, segundo Schünemann, lhe ajudou a ter uma certa disciplina: "Logo no início da pandemia eu respeitei muito a história do ficar em casa, fiquei muitos meses em casa. Então eu fiz uma rotina: 8:30 eu abro o escritório e fico no escritório até as 19h. Faço intervalo de almoço e fico lá. E isso serve para colocar coisas em dia, do meu trabalho e tal e também do livro. Então eu escrevi muito."
O artista também comentou um pouco de suas referências que lhe ajudaram a se tornar o autor de Alice Deve Estar Viva: "Eu tenho tanta referência... São anos de leitura que vão compondo. É muita gente. É difícil eu estabelecer os preferidos porque várias etapas da vida ou até dias diferentes, ou semanas diferentes, determinado autor falava mais profundamente conosco ao lermos do que outro e na semana seguinte, isso muda. Então eu tenho uma multidão de influências."
Ele ainda revelou que um dos personagens foi sim baseado em sua personalidade: "Tem um personagem que se questiona o tempo todo. A medida que as coisas vão acontecendo, ele tem que raciocinar tudo outra vez para finalmente compreender e seguida acontece alguma coisa que faz com que ele não tenha compreendido direito. Esse processo de reflexão tem a ver comigo." Mas reforça que muito do que o leitor encontrar nas páginas veio da mente imaginativa do autor: "Agora, tem muito da minha fantasia, eu trabalho com fantasia, eu invento, eu crio, é isso que eu gosto de fazer."
Por ser um ator conhecido e com trabalhos em diferentes áreas, ele já pensa em transformar a obra em um projeto audiovisual, mas com um detalhe especial: "Eu gostaria que esse livro fosse transformado em uma série de três episódios, mas eu acho que não seria eu a pessoa a fazer isso, teria que ter um outro olhar."
Na próxima semana, Schünemann realizará algumas noites de autógrafos para divulgação do livro. No papo, ele se mostrou muito ansioso com o reencontro com os fãs após tanto tempo longe: "A gente não faz mais teatro, já não faço a um certo tempo e a minha última novela terminou 5 dias antes de começar o fechamento da pandemia Os filmes que eu fiz agora, estrearam sem pré-estreia. A gente está longe, então agora é o reencontro mesmo! Eu tenho uma grande expectativa."
Por fim, Werner Schünemann comentou como acha que será a recepção do livro pelo público: "Eu tenho uma esperança que é meio uma convicção que as pessoas vão gostar muito. O livro é muito bem escrito e ele é muito dinâmico, muito ágil. A história passa muito rápido, ele não tem fases pesadas de arrastamento da história, ele é muito hiper dinâmico. Eu gosto de histórias assim e o fato de estar contando uma história interessante vai deixar o leitor pregado no livro e isso vai fazer que ele goste muito, tenho certeza."