Em seu depoimento sobre o caso de Daniel Alves, sócio da boate onde aconteceu o suposto crime revela novos detalhes sobre como encontrou a acusadora
Nesta terça-feira, 6, o julgamento do jogador de futebol Daniel Alves ganhou mais um capítulo. Robert Massanet, sócio da boate Sutton, em Barcelona, Espanha, onde aconteceu o suposto crime, prestou seu depoimento para a justiça sobre aquela fatídica noite.
Na audiência, Robert revelou que encontrou a mulher, que acusa o atleta de estupro, chorando logo após sair do banheiro onde o crime teria acontecido. Com isso, ela lhe contou tudo o que ela alega ter acontecido por trás das portas fechadas.
"O Daniel era um cliente habitual. Naquela noite, o vi algumas vezes, até me deparar com uma garota chorando. Foi muito difícil para ela explicar o que havia acontecido. Fomos com ela até uma área mais tranquila, sem música, para que pudesse explicar", contou o sócio em seu depoimento.
Logo em seguida, Robert detalha o que a suposta vítima teria lhe dito após encontrá-lo na boate. "Ela disse que ninguém acreditaria nela. Falou que entrou no banheiro de forma voluntária, mas que depois quis sair e não conseguiu. Perguntei se havia acontecido algo mais grave, e ela disse que sim. Perguntei se havia tido penetração, e ela disse que sim. Ela queria ir embora para casa, mas eu insisti que ela precisava ficar para que ativássemos o protocolo. Ela só repetia que ninguém acreditaria nela", afirmou.
O julgamento do jogador de futebol Daniel Alves chegou ao seu segundo dia nesta terça-feira, 6. A audiência irá receber mais 21 testemunhas e definir a sentença do atleta até o fim da semana.
O Tribunal de Justiça decidiu dispensar o depoimento da mãe da vítima após ouvir uma amiga e uma prima dela que estavam com ela na boate. Entre os depoimentos do segundo dia estão o da esposa dele, Joana Sanz, e também de amigos e familiares.
A intenção da defesa de Daniel Alves é alegar que ele estava embriagado na noite do ocorrido. Isto poderia atenuar a sentença. Além dos depoimentos de pessoas ligadas ao atleta, a justiça também vai ouvir seguranças e policiais que auxiliaram a denunciante naquela noite.