Ex-ator, Max Fercondini agora vive há cinco anos em seu veleiro e se dedica às aventuras em alto mar
Para Max Fercondini (37) não há lugar melhor que o mar, ou o ar e até mesmo a terra. Há cinco anos vivendo em seu veleiro, em diversas expedições marítimas, o ex-ator de Malhação e de outras novelas da Globo se prepara para o lançamento de seu último livro em Portugal e já pensa em uma nova viagem aos oceanos. "Sou uma alma que não cansa, querendo explorar o mundo."
Hoje, o artista vive em Lisboa, em seu barco que o acompanha em aventuras há cinco anos. Em seu mais recente trabalho, o livro Mar Calmo Não Faz Bom Marinheiro, ele conta como surgiu a decisão de partir em aventuras pelo mundo e como vive atualmente, após ter feito expedições como piloto de avião e em um motorhome (um veículo com espaço para se tornar uma casa) pela América Latina.
"Abordo questões desde o término do meu relacionamento de nove anos e meio com a minha ex-mulher até minha rescisão de contrato na TV Globo", conta ele, em entrevista à CARAS Digital, sobre alguns dos traumas que o fizeram sair totalmente de sua zona de conforto. Para o artista, o livro é transparente e pessoal, e ainda pretende trazer o leitor para suas experiências mais aventureiras.
A ideia do título, segundo Fercondini, surgiu de um ditado do mundo náutico, para fazer uma analogia aos tempos turbulentos que já passou. Porém, ele não ficou livre de riscos que correu durante suas expedições. "Passei por algumas situações de risco, principalmente quando estava voando sob a Amazônia, em um monomotor. Já peguei também ondas de seis metros de altura, ventos fortes."
Agora, o aventureiro planeja o lançamento do título em Portugal, que deve acontecer em março. No Brasil, o projeto já foi lançado em agosto do ano passado, e, até hoje, o comunicador recebe elogios e comentários em suas redes sociais. Para ele, a internet acabou se tornando uma forma de se sentir menos solitário em suas viagens. "Sou eu mesmo que administro minhas redes sociais, isso faz com que eu me sinta acompanhado dentro do meu veleiro."
Apesar de viajar sozinho, ele revela que recebeu muito apoio da família, especialmente de sua mãe, que aos 60 anos resolveu tirar a carteira de piloto de avião para voar ao seu lado. Além disso, ele leva consigo um conselho que ouviu de uma terapeuta, após seu término com Amanda Richter. "Ela disse que eu precisava ter um amor em cada porto."
Ao longo dos anos, ele chegou a fazer amizades e viver romances, mas diz que sempre sem criar expectativas, já que seu tempo em cada cidade era limitado. "Ao longo das minhas viagens, obviamente encontrei alguns amores românticos, mas eu sempre falo que meu tempo no lugar é restrito. [O conselho] era sobre descobertas que eu viesse a fazer pelos lugares que eu estava passando."
Para o futuro, ele agora planeja a escrita de uma série de livros infantis, que abordem temas ligados à sustentabilidade, ao meio-ambiente, viagens e aventuras. O velejador também pretende começar uma nova expedição, passando por toda a costa do Mar Mediterrâneo até chegar à Turquia. No entanto, essa viagem deve começar apenas no segundo semestre, podendo durar até dois anos e meio.
Apesar da gratidão pelos anos como ator na televisão, Fercondini diz que não pretende voltar a ter papéis pelos próximos anos. "Estou vivendo o personagem mais incrível da minha vida: o Max ser humano. Seria difícil uma proposta de trabalho que me interessasse tanto quanto o que eu estou vivendo agora. Hoje, com as redes sociais, me sinto muito realizado por poder fazer essa troca com o público, sem ter um diretor ou o texto de um autor para dizer."
Porém, ele não descarta a possibilidade de documentar suas expedições marítimas e transformar em um produto audiovisual, tanto para a TV quanto para alguma plataforma de streaming, como já aconteceu com suas viagens de avião e motorhome. "Continuo vivendo a vida de um comunicador", completa.
Ver essa foto no Instagram