Vizinho da família da namorada do jovem contou como foram os instantes de agonia
Em uma entrevista exclusiva para o Portal UOL, José Marques, de 69 anos revelou detalhes sobre os instantes assustadores que os moradores do bairro de Pedreira, na zona sul de São Paulo, vivenciaram durante a tarde do último domingo, 9. Em tons reveladores, o senhor, que é vizinho da família da namorada de Rafael, contou um pouco do que viu e ouviu.
Enquanto o aposentado realizava um churrasco com seus familiares, o barulho dos disparos chamaram sua atenção, logo, ele pediu para que todos seus familiares corressem para casa, afinal, tinha certeza que não eram bombinhas, como sugeriram algumas pessoas, e sim, tiros.
"Estávamos fazendo um churrasco quando ouvi um tiroteio. O pessoal pensou que era bombinha, mas eu falei: 'Corre pra dentro'. Parecia arma automática porque foram vários tiros seguidos. Tinha uma pessoa que gritava muito, acredito que fosse a namorada", disse o rapaz.
Após alguns instantes, José resolveu sair na rua para entender melhor o que estava acontecendo, naquele instante, deparou-se com muitas pessoas correndo pela rua, inclusive crianças. Não demorou quase nada para que ele notasse a presença de três corpos alvejados no chão.
"Tinham crianças jogando bola, elas correram. Eu fui verificar o que tinha acontecido e vi três pessoas mortas", relatou Maques.
Ao dissertar sobre o possível autor dos tiros, o pai da namorada de Rafael, José contou que não havia tanto contato, por mais que morassem perto. Os dois haviam trocado cumprimentos em algumas ocasiões, inclusive, o senhor já teria até frequentado a casa de peças de Cupertino, local de trabalho do homem.
"Era uma pessoa normal para mim, bem reservada. Não sabia que ele era violento", afirma ele.
Ainda na reportagem, um dos vizinhos, que pediu para não ser identificado contou que o homem tinha uma fama de ser violento, devido algumas atitudes que já havia protagonizado nas redondezas.
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