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Atualidades / SAÚDE

Faustão: Especialista revela os principais desafios do apresentador após dois transplantes

Fausto Silva realizou transplante de rim seis meses após ganhar coração novo. Em entrevista à CARAS, especialista explica como será o processo de recuperação do apresentador

Paulo Henrique Lima
por Paulo Henrique Lima
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Publicado em 27/02/2024, às 22h32

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Fausto Silva está internado em hospital particular em São Paulo - Foto: Reprodução/Instagram
Fausto Silva está internado em hospital particular em São Paulo - Foto: Reprodução/Instagram

Apenas seis meses após receber um coração, Fausto Silva (73) fez um transplante de rim no último domingo (25). Ele foi submetido ao procedimento no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com o centro médico, a cirurgia foi um sucesso, e o apresentador está em observação para adaptação do órgão novo. 

A CARAS Brasil conversou com o médico nefrologista, especialista em doenças dos rins, Henrique Carrascossi, para entender quais são os principais desafios que o comunicador vai enfrentar no processo de recuperação. 

O médico explica que devido ao curto espaço de tempo entre um transplante e outro, o paciente deve redobrar os cuidados. "Por regra não há um intervalo mínimo entre dois transplantes, mas sabemos que procedimentos cirúrgicos próximos podem ser mais arriscados no sentido de complicações relacionadas a cicatrização e infecções", afirma. 

Segundo Carrascossi, o transplante renal é indicado quando o funcionamento dos rins fica abaixo de 10%, o que acontece na maioria das vezes quando pacientes nesse estágio já fazem hemodiálise ou dialise peritoneal. 

No caso de Faustão, o médico explica chama atenção para um detalhe: "O transplante ao contrario do que a maioria acredita, não é uma cura e sim um tratamento onde o transplantado precisa fazer uso de medicações imunossupressoras para não ter rejeição do órgão e essas medicações acabam tendo efeitos colaterais que precisam ser monitorados e controlados Os pacientes imunossuprimidos acabam tendo uma maior chance de infecções pela baixa imunidade. Mas logicamente se ele tem condições clinicas gerais para suportar, o transplante de rim acaba sendo a possibilidade do paciente não precisar mais fazer dialise", observa. 

Carrascossi ressalta que pacientes com o mesmo perfil de Faustão devem evitar frituras e açúcar. O processo para que o rim volte a funcionar pode levar até uma semana. "A dieta deve ser saudável evitando excesso de sódio, açúcar e gorduras. Não muda muito da dieta geral saudável. O rim geralmente volta a funcionar em 5-7 dias. A recuperação vai depender das condições do receptor e do órgão transplantado".